RIO ? Na noite desta segunda-feira, a Lua estará em sua maior aproximação com a Terra desde 1948. De acordo com estimativas da agência espacial americana, nos céus ela aparecerá entre 14% e 30% mais brilhante que o habitual, mas, por causa das condições climáticas, milhões de brasileiros não poderão observar o fenômeno, conhecido como superlua. E quem perder a oportunidade só poderá ver a lua com brilho tão intenso em 2034.
? Essa superlua é especial porque o momento em que acontece o perigeu (aproximação máxima com a Terra) coincide com o período da fase cheia da Lua ? explicou o astrônomo Marcos Calil, do Clima Tempo. ? Isso faz com que a Lua pareça muito grande quando ela nascer e quando ela se pôr.
O perigeu aconteceu às 9h21 desta segunda-feira, pelo horário de Brasília, quando a Lua esteve a apenas 356.509 quilômetros da Terra, mas quem puder observar o satélite durante a noite ou no amanhecer de terça-feira se surpreenderá com o seu tamanho. De acordo com Josina Nascimento, pesquisadora do Observatório Natural, os melhores momentos para observação serão às 19h26 desta segunda, quando ela nascer, e às 6h05 de terça, quando ela se pôr.
Mas grande parte do país estará com o céu encoberto na noite desta segunda-feira. De acordo com mapas do Clima Tempo, a visibilidade será boa apenas no sul do Rio Grande do Sul; no norte da Bahia, Piauí, Maranhão e Pará; e nos estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceartá e Amapá.
No Rio de Janeiro, Espírito Santo e Brasília, além de parte de Goiás, Tocantins, Bahia, Minas Gerais e São Paulo, a previsão é de predomínio de céu nublado e alto risco de sorte. No resto do país, a lua pode aparecer entre nuvens e há possibilidade de chuva.
A última vez que houve uma superlua mais perto do que a de agora foi em 1948, quando a distância do satélite no perigeu foi de 356.462 quilômetros, apenas alguns metros a menos do que a atual.
? Desde o ano 2000, o valor médio para a distância Terra-Lua na ocasião do perigeu é de 362.568 quilômetros ? revela Josina, que é responsável pelos cálculos e edição do Anuário do Observatório Nacional.
Em geral, ocorrem três superluas todo ano. A primeira de 2016 foi em 16 de outubro, e a terceira será em 12 de dezembro. Mas a deste mês promete ser a mais brilhante de todas