O fenômeno La Niña – que se caracteriza pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico – deve continuar a perder força, fazendo com que a América do Sul entre em um período de neutralidade climática. Com isso, a previsão é que o Paraná tenha condições meteorológicas mais estáveis ao longo dos próximos meses, com índices de chuva e de temperatura próximos das médias históricas.
Os prognósticos foram apresentados na live “Previsões climáticas para o Paraná e o Brasil”, promovida sexta-feira (20), pelo Sistema Faep/Senar-PR. A análise e as previsões foram feitas pelo meteorologista do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), Marco Jusevicius.
“Começamos o ano com o enfraquecimento do La Niña. Em fevereiro e março, devemos entrar numa neutralidade climática. Em julho e agosto, devem começar as probabilidades de termos o El Niño, com aquecimento das águas do Pacífico”, disse Jusevicius.
Em fevereiro e março, a previsão é de que as temperaturas médias do Estado sejam um pouco acima da média histórica, mas não de forma significativa, enquanto as chuvas devem seguir dentro do padrão. Em abril, os índices pluviométricos devem ter uma leve redução, mas não a ponto de caracterizar um período de seca. Em maio e junho, as condições devem seguir dentro das médias históricas, podendo haver uma ligeira alta das temperaturas em relação ao padrão da época do ano.
“Clima sempre é um problema sério para o produtor rural. Pelas previsões, pode ser um ano bom para o campo. Temos perspectivas de ter uma safra recorde, com 45 milhões de toneladas no Paraná. Então, é sempre bom acompanharmos essa questão de perto”, disse o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette.