O produtor rural do Sul do Brasil tem enfrentado muitos desafios nos últimos meses. Com as adversidades climáticas muitas lavouras foram prejudicadas, mas não é só isso que o agricultor precisa se preocupar.
Além das questões do tempo, há também o desafio no combate das pragas que afetam as culturas. Hoje falando especificamente do milho, existem duas pragas que tem gerado mais alerta nos milharais.
CIGARRINHA E PERCEVEJO
Segundo Carlos Konig que é gerente Agronômico da C.Vale, o percevejo e a cigarrinha tem gerado uma certa dor de cabeça nos produtores rurais: “Principalmente o percevejo como um problema bastante grande, o produtor fazendo os manejos pra evitar aí as lesões.
O produtor teve que entrar com tratamentos adicionais dois, três, até quatro tratamentos pensando no controle de percevejo. Do V4 pAra frente, muitas vezes o produtor acaba não tendo mais o percevejo e o problema é cigarrinha nesse momento, então é bastante importante que o produtor fique atento.
A nossa equipe tem ido a campo, tem colocado armadilhas pra estar capturando e avaliando esse volume de pragas no campo, né? E o produtor precisa ficar atento ao controle dessas cigarrinhas aí que são vetoras de doenças.
Produtores que estão agora no V8 para frente fizeram até oito aplicações voltado primeiro para o percevejo e depois pra o controle de cigarrinha consequentemente. Para evitar perdas em relação ao molicutis e o espiroplasma que são duas bactérias importante aí que contaminam o milho e trazem perdas produtivas”, detalha Carlos.
A cigarrinha causa danos de forma indireta, ou seja, durante o processo de alimentação, transmite os patógenos causadores dos enfezamentos pálido e vermelho do milho, e da virose do raiado fino.
Já os percevejos diminuem a qualidade e quantidade de milho, diminuem a produtividade e também atuam como transmissores de doenças para a cultura.
PULGÃO
O pulgão-do-milho também tem preocupado, mas segundo Carlos, os casos não são tão graves quanto da cigarrinha e do percevejo.
A orientação para esta praga é monitorar e em caso em que tenha mais de 10% do milho com pulgão, os produtores devem interferir com controle químico, caso contrário não há necessidade desse controle.
O CLIMA PARA O MILHO
Apesar do alerta para aumentar os cuidados com as pragas, o clima agora últimos dias melhorou bastante a condição para o milho safrinha: ” Melhorou bastante desde a emergência, a uniformidade de emergência nas lavouras que foram plantadas nessas últimas chuvas e também para o desenvolvimento vegetativo da cultura do milho.
Então temperatura, mais umidade, mais luz, trouxe aí uma explosão no desenvolvimento vegetativo da lavoura, então as pessoas que deixam de uma semana na cultura quando retornam lá, verifica realmente que a cultura acabou se desenvolvendo muito bem”, finaliza Carlos.
Via Sou Agro