Brasília – No momento mais grave da pandemia no Brasil, governadores de 22 unidades da Federação divulgaram ontem uma proposta de Pacto Nacional pela Vida e pela Saúde. No documento, os chefes do Executivo estadual defendem três pilares para enfrentamento da crise sanitária: expansão da vacinação, apoio a medidas restritivas e apoio aos estados para manutenção e ampliação de leitos.
Apesar de não ter assinado o documento, o governador do Paraná, Ratinho Junior, já havia confirmado a adesão no fim de semana, quando houve a reunião com os demais governadores.
Os governadores sugerem ainda a criação de um comitê gestor para conduzir as ações referentes ao enfrentamento da pandemia. O grupo, de acordo com o que propõe no pacto, teria a participação de membros dos três poderes e de todos os níveis da federação, além da assessoria de uma comissão de especialistas.
O documento é fruto de articulações iniciadas em reunião realizada em 12 de fevereiro, em que estiveram presentes, além dos governadores, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os governadores pediram que o Congresso assuma a linha de frente da coordenação da crise de covid-19, alegando “omissão e negação” por parte do presidente Jair Bolsonaro.
“Reafirmamos tal proposição, que se tornou ainda mais emergencial pelo agravamento da situação sanitária, com terríveis perdas de vidas, além de danos econômicos e sociais. O coronavírus é hoje o maior adversário da nossa nação. Precisamos evitar o total colapso dos sistemas hospitalares em todo o Brasil e melhorar o combate à pandemia. Só assim a nossa pátria poderá encontrar um caminho de crescimento e de geração de empregos”, diz trecho do pacto.