Saúde

Fiocruz pretende importar mais 10 mi de doses de vacinas contra covid-19

As 10 milhões de novas doses se juntarão aos 2 milhões que chegaram da Índia na sexta-feira passada, dia 22

vacina Oxford,AstraZeneca
vacina Oxford,AstraZeneca

Rio de Janeiro – A Fiocruz pretende importar mais 10 milhões de doses de vacinas prontas como forma de contornar o atraso da chegada dos insumos para a produção da vacina da Oxford no Brasil. Prevista inicialmente para chegar ao País ainda este mês, a matéria-prima vinda da China só deverá estar à disposição da Fundação na segunda semana de fevereiro.

As 10 milhões de novas doses se juntarão aos 2 milhões que chegaram da Índia na sexta-feira passada, dia 22. O novo lote do imunizante ainda está em negociação, e por isso não há uma data definida de quando ele chegará ao Brasil.

A falta de vacinas é um desafio para a campanha de imunização no País. Apesar de a previsão mais recente apontar que a chegada dos insumos à Fiocruz aconteça a partir de 8 de fevereiro, a fundação só poderá liberar as vacinas cerca de três semanas depois, já que existe a necessidade de se fazerem testes.

Com relação ao IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) necessário para a fabricação de doses da vacina, a Fiocruz afirmou que, no acordo com a AstraZeneca, está previsto o envio de 14 lotes de insumos para a produção de 7,5 milhões de doses, com intervalo de duas semanas entre cada remessa. Para janeiro, a previsão era de receber dois lotes.

“O primeiro lote, para a produção de 7,5 milhões de doses, está pronto para embarque, no local de fabricação, apenas aguardando a emissão da licença de exportação e a conclusão dos procedimentos alfandegários”, afirmou a nota.

A Fiocruz disse que há uma sinalização de envio da carga no dia 8 de fevereiro, mas ainda sem confirmação, “já que a licença para exportação, a ser concedida pelas autoridades chinesas, segue pendente”.

 

Insumos para 5 milhões de Coronavac chegam nos próximos dias, diz Bolsonaro

São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro informou na tarde dessa segunda-feira (25) que a Embaixada da China repassou ao governo federal pela manhã que o envio dos insumos necessários para a produção do próximo lote de doses da Coronavac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, já foi aprovado pelo governo do país asiático e deve ser liberado nos próximos dias.

“Embaixada da China nos informou, pela manhã, que a exportação dos 5.400 litros de insumos para a vacina Coronavac, aprovada e já estão em vias de envio ao Brasil, chegando nos próximos dias (sic)”, escreveu Bolsonaro, em sua página no Twitter.

Segundo o Butantan, 5,4 mil litros de insumos são suficientes para a produção de cerca de 5 milhões de doses do imunizante. O instituto já havia demonstrado preocupação com a possibilidade de ficar sem ingrediente ativo para dar continuidade à fabricação da vacina. Os insumos já importados terminarão no fim de janeiro.

Até agora, o Butantã liberou 6,9 milhões de doses da Coronavac para distribuição aos estados e promete entregar, nos próximos dias, mais 3,2 milhões de unidades do imunizante.

 

Vacina da Fiocruz

Ainda de acordo com Bolsonaro, o processo de importação da matéria-prima para a vacina de Oxford/AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), também está com a liberação “acelerada”.

Também produzido na China, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da vacina inglesa já deveria ter sido entregue à Fiocruz para que o primeiro lote de doses fosse distribuído ao Ministério da Saúde no início de fevereiro. O atraso na entrega fez a fundação adiar para março o fornecimento das primeiras doses e importar do Serum Institute da Índia (parceira produtiva da AstraZeneca) os 2 milhões de doses prontas para que o governo não ficasse totalmente desabastecido e que chegaram no fim de semana. A Fiocruz negocia a compra de mais doses prontas.

Na postagem nas redes sociais, o presidente mudou o tom e agradeceu a “sensibilidade” do governo chinês e o “empenho” dos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Eduardo Pazuello (Saúde) e Tereza Cristina (Agricultura) pelas negociações com a China.