Os recentes resultados da produção industrial paranaense referentes a maio, divulgados pelo IBGE, trouxeram boas notícias para o setor. A produção do Paraná foi a que mais cresceu no país no mês, puxada pelo setor alimentício. No acumulado do ano, porém, a indústria do Estado ainda registra queda de 8,9% em relação a 2019. Na opinião da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), essa realidade mostra a necessidade de que novas medidas sejam adotadas para reativar a economia.
“Entendemos a necessidade de medidas restritivas para conter a proliferação da pandemia, já que a preservação da saúde pública e da vida deve vir em primeiro lugar. Mas a questão econômica também é urgente”, afirma o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro. “É preciso intensificar a adoção de medidas tanto para socorrer as empresas quanto para retomar o máximo possível de atividades dentro de parâmetros seguros”, acrescenta.
No primeiro ponto, a Fiep vê como positiva a possibilidade de prorrogação dos acordos de redução proporcional de jornada e de salário e de suspensão temporária do contrato de trabalho. Decreto federal publicado nesta semana ampliou para 120 dias o prazo máximo para adoção desses mecanismos. Para a Fiep, facilitar o acesso ao crédito, visto que muitas indústrias ainda enfrentam dificuldades para obter recursos, é outra ação essencial.
Medidas preventivas – Em relação a uma retomada mais intensa da economia, a Fiep entende que diversos setores têm condições de exercer suas atividades com segurança. “Os empresários estão sendo responsáveis, tomando os cuidados preventivos. É importante que a capacidade de produzir da indústria paranaense seja mantida, assim como é fundamental a preservação dos negócios para garantir emprego e renda”, diz o presidente da Fiep.
Para a entidade, também é essencial que se busquem caminhos para a retomada da confiança dos consumidores. “Temos um consumidor com receio do seu futuro. É vital que sejam encontradas soluções para a questão sanitária para que se recupere também a confiança em nossa economia”, afirma Carlos Valter.
Fonte: Assessoria