Economia

Dólar cai ao patamar de 13 de março

O clima de otimismo faz ainda a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) operar em alta de 2,64%

Dólar cai ao patamar de 13 de março

São Paulo – O dólar começou a semana em queda de 2,79%, a R$ 4,85. É o menor patamar desde o dia 13 de março, quando fechou em R$ 4,81. O clima de otimismo faz ainda a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) operar em alta de 2,64%, aos 97.135 pontos. É a sétima alta seguida.

Na sexta (5), a moeda americana registrou o maior recuo semanal frente ao real em 12 anos, o que fez com que a divisa encerrasse a semana abaixo da marca de R$ 5 pela primeira vez desde 13 de março.

Na sexta, o movimento foi puxado por uma onda de otimismo que tomou conta dos mercados financeiros globais. Isso aconteceu depois que o governo dos Estados Unidos surpreendeu ao anunciar que a maior economia do planeta abriu 2,5 milhões de postos de trabalho em maio, em vez do fechamento de 8 milhões esperado.

Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco Modalmais, diz que o bom desempenho dos mercados financeiros ocorre por uma redução da aversão a risco, com os investidores buscando oportunidades ao redor do mundo. “Isso é reflexo de uma recuperação econômica mais forte no exterior com a abertura gradual das economias. Por isso, há essa postura de apetite ao risco, com as bolsas subindo e o dólar caindo mundo afora”.

No ambiente doméstico, analistas destacam que o otimismo no cenário externo está compensando as incertezas em torno do ambiente político e do fraco desempenho da economia brasileira.

Banco Mundial prevê queda de 8% do PIB do Brasil

 

A pandemia do novo coronavírus levará a atividade econômica no Brasil a encolher 8% em 2020, prevê o Banco Mundial em novo relatório divulgado nessa segunda-feira (8). Uma queda dessa magnitude seria a maior em 120 anos, período para o qual o instituto oficial de estatísticas, o IBGE, tem dados sobre a evolução do PIB (Produto Interno Bruto) do País. O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas.

O tombo da economia brasileira é apenas uma das inúmeras faces da “recessão severa” que o Banco Mundial antevê no cenário global por causa da covid-19. Nas projeções do Banco Mundial, o “choque rápido e maciço” da pandemia e as medidas de bloqueio total para contê-la levarão a economia global a encolher 5,2% neste ano.

“Isso representaria a recessão mais profunda desde a Segunda Guerra Mundial, com a maior proporção de economias desde 1870 a experimentar declínio do produto per capita”, afirma a instituição na publicação Global Economic Prospects, sobre perspectivas econômicas globais.

Segundo o relatório, mais de 90% de 183 economias devem experimentar uma retração devido à covid-19, uma proporção maior até do que na grande depressão da década de 1930 (quando ficou em 85%).

A expectativa de queda para a renda per capita é de 3,6%, o que levará milhões de pessoas à situação de pobreza extrema neste ano, prevê o Banco Mundial.