Perdas de R$ 18 milhões
Na segunda quinzena de março, quando teve início o isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus, a arrecadação despencou. Pesou em março o recuo nas receitas do IPTU, ISS, IPVA e ICMS. A perda com esses impostos ultrapassou R$ 18 milhões.
Desse montante, houve uma queda de R$ 11 milhões com receitas tributárias próprias (IPTU, ISS, ITBI, IRRF e outros) e de R$ 7 milhões com transferências correntes (Cotas-Parte do ICMS, IPVA e outros).
“Com isso, o orçamento como aprovado, deixou de existir na prática. O montante da queda total da receita em 2020 é extremamente sensível a duração da Pandemia e a dimensão da crise econômica dela decorrente. Muitas investimentos previstos simplesmente não poderão ser realizadas por falta de dinheiro, explica a secretária da Fazenda, Salete Horst.
Queda no ISS e IPTU
Ocorreu uma redução de R$ 5,7 milhões na arrecadação. Em abril do ano passado, entraram nos cofres municipais R$ 9,4 milhões, contra R$ 3,6 milhões em 2020.
O Município teve uma queda de 65% no montante a ser arrecadado com o IPTU. A perda trouxe um impacto negativo de R$ 3,8 milhões no orçamento municipal de acordo com o comparativo da Secretaria da Fazenda.
ICMS e IPVA
O Município contabilizou uma perda de R$ 5,4 milhões no ICMS, ou seja, 31% a menos do total previsto para abril.
Outra redução ocorreu na cota parte do IPVA. A perda é de 40%, o equivalente a R$ 1 milhão a menos na arrecadação da prefeitura neste período.
Compensação
O Senado Federal aprovou o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavirus (PLP 39/2020) nesta semana. A matéria segue pra sanção do presidente Jair Bolsonaro.
O programa prevê uma compensação de R$ R$ 29,9 milhões para Foz Iguaçu, que será dividida em quatro parcelas mensais.
Apesar de fundamental, a ajuda vai reestabelecer só 25% das perdas.
Ajustes na folha de pagamento
Com o impacto nas finanças, a prefeitura de Foz deu início a uma série de ajuste nas despesas. A primeira delas foi a redução de 20% no salário do prefeito, vice-prefeito, procurador do Município e secretários. O valor será direcionado para o Fundo Municipal de Saúde.
Outra decisão adotada foi a diminuição de Encargos Especiais e gratificações para servidores efetivos e comissionados, respectivamente. A medida vale por três meses.
A prefeitura estabeleceu o teto de R$ 1.500 para Encargos Especiais. O valor é pago para servidores efetivos que realizam atribuições extras. Aqueles que tinham 40%, a partir de agora receberão 20%. O Município também promoveu a redução de 50% na gratificação em salários de diretores (comissionados).