Base no forno
Depois de descobrir que não reinventaria a roda da política no Congresso, o presidente Jair Bolsonaro começou a ouvir dos partidos do Centrão a demanda pelo apoio à sua governabilidade. PSD, de Gilberto Kassab, pode herdar o Ministério da Agricultura. O Republicanos deve ficar com todo o segundo escalão da Saúde. A bancada da bala deve ser atendida na recriação do Ministério da Segurança Pública, e já tem um nome, o ex-deputado federal Alberto Fraga, do DEM – partido do presidente da Casa, Rodrigo Maia. Deputados do DEM, do MDB e do PSD já falam manso e pedem cautela sobre eventual processo de impeachment. É do jogo.
E o meu?
A despeito da demanda do Republicanos, Valdemar Costa Neto, dono do PL, quer indicar o secretário nacional de Vigilância do Ministério da Saúde.
Solidários
O Solidariedade, de Paulinho da Força Sindical, não foi esquecido. Também dialoga com o Palácio e quer seu naco.
Calculadora
Bolsonaro pode chegar a 420 dos 513 deputados na coalizão que planeja. A conferir.
Mr. Moro
O ex-ministro Sergio Moro fica à toa se quiser, após a quarentena por opção. Ele tem convites para dar aulas nas Universidades de Harvard (Boston) e Columbia (Nova York). Moro não tem registro na OAB para advogar ou fazer pareceres encomendados.
Oi, chefe!
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, viajava de carro para Belo Horizonte quando soube da convocação de Bolsonaro para aparecer na coletiva, no Palácio, sobre a saída de Sergio Moro. Apressou-se em telefonar para o chefe e dizer onde estava.
Comadres
A advogada Rosângela, esposa de Moro, continua amiga da primeira-dama Michelle Bolsonaro. E só. O casal ex-inquilino de Brasília não quer papo com Bolsonaro.
Fora do ar
Caiu no BB o diretor de Marketing, Alexandre Alves de Souza, pressionado internamente para ajudar emissoras pró-Governo, contam fontes.
***De carona
O comando do Banco Central está irritado com a credenciadora de cartões Stone. Depois de saber que a equipe econômica contava com estudo sobre o possível uso das maquininhas para conceder crédito a pequenas empresas, a companhia passou a fazer propaganda da ideia alheia como se fosse dela. O formato da solução ainda está em estudo pelo BC.
Made in China
Os médicos de Brasília, das redes pública e particular, estão enfurecidos com os kits chineses de testes para covid-19. Fato é que alguns óbitos no HRAN, unidade pública da capital, tiveram laudo confirmado para contaminação do coronarívus em pacientes que testaram duas vezes negativos.
Sem selo
Questionado pela Coluna, o Sindicato dos Médicos do DF afirma que “é uma situação que merece atenção redobrada”. Completa que infectologistas têm revelado “preocupação com a qualidade dos testes que estão sendo oferecidos no mercado” E que os kits não passaram por testagem prévia em laboratórios como Inmetro e Lacen (DF).
***Povo sofre
Não bastasse a crise na saúde, o coitado do brasileiro não consegue receber os R$ 600 do auxílio emergencial da Caixa por erro do banco. Dois casos de Brasília, aos quais tivemos acessos: mulheres desempregadas foram barradas no cadastro porque o sistema constatou que têm ocupação. Já deram baixa na CTPS há dois anos.
Boa iniciativa
A Prefeitura de Porto Alegre vai ganhar um hospital definitivo, com 60 leitos, bancado por Ipiranga, Gerdau, Hospital Moinhos de Vento e Grupo Zaffari. Será um centro de tratamento de combate ao novo coronavírus. Investimento de R$ 10,4 milhões.