Saúde

Fibrose pulmonar idiopática atinge principalmente idosos

Doença pulmonar progressiva possui sintomas que podem ser confundidos com sintomas do envelhecimento

Fibrose pulmonar idiopática atinge principalmente idosos

No Brasil, as doenças raras afetam mais de 13 milhões de pessoas. Cerca de 80% derivam de fatores genéticos e os outros 20% podem surgir de causas ambientais, infecciosas, imunológicas, entre outras. Não existe um número exato de quantas doenças raras existem no mundo, mas estima-se que são entre 6 mil e 8 mil tipos diferentes. No Brasil, uma doença é considerada rara quando afeta cerca de 65 em cada 100.000 indivíduos.

Ainda sem cura, essas doenças também são chamadas de “órfãs” e os pacientes dependem de tratamento multidisciplinar para reduzir os impactos na rotina. Por sua origem ser genética, hereditária ou não, a maioria delas (75%) afeta crianças e jovens e 30% dos pacientes que sofrem dessas doenças morrem antes mesmo de completar cinco anos de idade.

Porém, existem exceções. Uma delas é a FPI (Fibrose Pulmonar Idiopática), que tem causa desconhecida (idiopática) e atinge principalmente os idosos. Trata-se de uma condição que afeta os pulmões, causando cicatrizes (fibroses) que resultam numa maior dificuldade de respirar.

Nos Estados Unidos, estima-se que a FPI atinja entre 14 e 43 em cada 100.000 pessoas. Adalberto Rubin, chefe do Serviço de Pneumologia da Santa Casa de Porto Alegre, explica que, como a doença é subdiagnosticada, o número pode ser ainda maior. “Por apresentar sintomas facilmente atribuídos aos sinais de envelhecimento e outras doenças cardíacas e respiratórias, como falta de ar e tosse seca, o diagnóstico da FPI torna-se muito complexo”.

Como uma fibrose pulmonar, mais da metade dos pacientes demora mais de um ano para receber o diagnóstico correto, o que leva a uma sobrevida mediana de três a cinco anos. O diagnóstico precoce junto do acompanhamento do especialista pode retardar a progressão da doença.

Alerta

É de extrema importância que a população conheça cada vez mais sobre doenças raras, como a FPI, para estar sempre alerta aos menores sinais de cansaço e falta de ar e procurar um pneumologista desde o surgimento dos primeiros sintomas. Segundo Rubin, o apoio de cuidadores e familiares também é fundamental para ajudar os pacientes a terem mais autonomia e confiança, para que não deixem os sintomas interferirem em suas rotinas.

Além dos tratamentos medicamentosos e da fisioterapia para facilitar a respiração, Rubin recomenda alguns cuidados para os portadores da FPI, como: deixar de fumar, praticar regularmente atividade física de baixo impacto e manter uma alimentação equilibrada. “Em casos mais graves, os pacientes precisam fazer suplementação de oxigênio, além do cuidado com doenças associadas, como refluxo, apneia do sono e doenças cardíacas”.

Fonte: www.boehringer-ingelheim.com.br