Quem passa pelo Centro de Cascavel já percebeu a grande quantidade de vendedores ambulantes. A cena não vem de hoje e em poucos metros se encontra de tudo: de carteiras e cintos de “couro” até as polêmicas cabeças de alho. Tem ainda comida, brinquedos, sombrinhas, CDs, meias, e segue a lista.
Nesta semana, a reportagem do Hoje News percorreu os dois sentidos da Avenida Brasil, o “paraíso” dos ambulantes. Entre a Praça da Bíblia até o Terminal Leste havia 65 ambulantes, dos quais 15 estão “aparentemente” regulares.
Já há alguns anos o assunto é pauta da administração municipal. Saiu calçadão e o problema continuou. Foram feitos cadastros, mais cadastros, e nada. Somente agora, no Governo Paranhos, é que parece que uma solução se encaminha. Mas ainda há alguns desafios a vencer.
A atuação à margem da lei gera um constante clima de insegurança. Há poucas semanas um vendedor foi morto em plena Brasil. Comerciantes relatam discussões e a queixa de clientes.
Gerente de um supermercado no Centro, Gilmar Gomes conta que os seguranças da empresa já interferiram em brigas diversas vezes e que os clientes têm medo. “Isso é um problemão! Diariamente tem briga entre eles. Há vezes que entram na loja para furtar. É um perigo. Claro que tem pessoas boas que só tentam ganhar a vida e que até ajudamos, mas a maioria é complicada. Não tenho nem palavras para descrever o que passamos aqui”, relata.
Segundo ele, na frente do supermercado há uma grande concentração de ambulantes.
O gerente de uma loja de móveis explicou que a interação com os ambulantes é boa: “Olha, nunca me incomodaram.
Sem denúncias
O diretor da GM (Guarda Municipal) de Cascavel, Avelino José Novakoski, disse que acompanham a fiscalização do Município em casos considerados de risco à integridade dos servidores nas visitas na Avenida Brasil. “Nós acompanhamos quando o departamento de fiscalização pede. Mas denúncias da população ou de empresários nunca tivemos”.
22 habilitados
O secretário de Desenvolvimento Econômico, João Alberto Soares, disse que há 22 ambulantes já habilitados para o projeto das bicicletas, mais um que aguarda os procedimentos. Os demais são todos irregulares. “Hoje temos 22 habilitados entre a Rua Sete de Setembro e a Barão do Cerro Azul, com a documentação certinha. Vale ressaltar que todas as nossas ações são feitas dentro da lei. Nós precisamos fazer o trabalho de verificação”, acrescenta.