Política

Pacote anticorrupção

Os organizadores do conjunto de 70 propostas intitulado “Novas Medidas Contra a Corrupção” estão convocando candidatos a assinarem uma carta-compromisso de seguir as práticas do documento. Para que a assinatura seja aprovada, no entanto, os interessados precisam se enquadrar em ao menos dois critérios: ter a ficha limpa e o compromisso com a democracia.

A ideia é disponibilizar ao eleitor uma ferramenta para avaliar quem são os concorrentes da eleição de outubro que estão alinhados aos princípios defendidos pelos organizadores.

Entre as principais ideias defendidas pelo documento, encontram-se: redução do foro privilegiado, prevenção às práticas corruptas, instituição de mecanismos de controle social e tipificação da corrupção privada como crime. “Nosso objetivo é fazer com que o máximo possível de políticos assinem o documento. É uma forma do eleitor cobrar o candidato, caso ele seja eleito, por exemplo”, afirma Nicole Verillo, integrante da Transparência Internacional – instituição responsável por elaborar as medidas, em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas).

A ideia é que os candidatos se comprometam publicamente com a pauta e, caso eleitos, levem as medidas adiante no Congresso Nacional.

Mudança

A principal mudança do novo pacote para o antigo conjunto de medidas é a abrangência de assuntos tratados. Como o anterior havia sido feito pelo MPF, ele olhava apenas para o viés punitivo. O novo pacote tem propostas para eliminar a corrupção de forma sistêmica, antes da punição.

Divulgação

Ontem, um ato cívico no Parque Barigui, em Curitiba, envolveu apoiadores que gravaram um vídeo para o movimento. A propagação das ideias continua nesta segunda-feira (20), quando tem início o 2º Congresso Pacto Pelo Brasil, também na capital paranaense, promovido pelo Observatório Social do Brasil.

São 70 propostas que vão desde o fim do foro privilegiado até a tipificação da corrupção privada como crime