Em tempos difíceis em todo o planeta por conta de restrições impostas por causa do novo coronavírus, atitudes do bem têm chamado a atenção, como a dos empresários de Marechal Cândido Rondon Adair Schumacher e Gilberto Luís Schumacher. Eles criaram em poucas horas um respirador que pode ajudar a suprir uma necessidade básica para sobrevivência de infectados pela covid-19.
Sua criação chamou a atenção do Governo do Estado do Paraná, que enviará técnicos especializados na área da saúde para ajudar a desenvolver o equipamento, que, segundo o empresário, devidamente autorizado, poderá se utilizado “no fim de semana”, mas não estará à venda.
“Na noite de ontem [domingo, dia 22] fui a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para entender o funcionamento de um respirador e sua real necessidade. Hoje [segunda-feira, dia 23], com peças que tinha na empresa, montei o respirador, que mecanicamente funciona muito bem, e fiz o vídeo”, explica Adair, sócio da Indústria Schumacher.
O vídeo logo viralizou (foi compartilhado por um grande número de pessoas) e chegou ao Governo do Paraná. “Várias pessoas me ligaram interessadas no respirador, até o secretário estadual de saúde, que mandará técnicos para ajudar a desenvolver o protótipo”, continua Adair.
O empresário rondonense conta que fez a publicação em grupos nos quais estão centenas de pessoas, de todas as partes do País, que buscam soluções para o momento atual de crise. E a partir daí o vídeo viralizou.
Adair diz ainda que não pretende comercializar o respirador: “Ele não está pronto e não está à venda. Não foi produzido para este fim. Faltam ajustes clínicos, como a pressão certa e a instalação de filtro e válvula de alívio, mas tenho total confiança em apresentar esse modelo que, mesmo arcaico, já possui controles e que pode ser muito melhorado. Se alguém quiser vir olha-lo, que venha sem medo, se quiser ajudar investir e ajudar a desenvolver o projeto, que venha. Quando ele custará para ser produzido? Depende do que precisará ser colocado nele. Quando poderá ser usado? Poderá ser no fim de semana, não foi feito de qualquer jeito. Somos uma empresa com ISO [sigla em inglês para Organização Internacional para Padronização], seguimos procedimentos mundiais. Que falta fará o ‘selo Inmetro’ se ele salvar uma vida? A morte por falta de ar é muito triste”, finaliza Adair.