O avanço da chikungunya no Paraná tem gerado grande preocupação entre autoridades e profissionais de saúde. Somente em Cascavel, já são 350 casos registrados, enquanto no estado os números subiram 380% em relação ao mesmo período do ano passado. Mais do que os dados alarmantes, a doença se diferencia da dengue por deixar sequelas que podem comprometer a qualidade de vida dos pacientes por longos períodos.
Sequelas a médio prazo
Segundos dados do Ministério da Saúde, o vírus da chikungunya tem um impacto significativo no organismo, podendo causar dor crônica, lesões nos nervos responsáveis pela semicontração muscular, deformação nas articulações e até danos cerebrais que prejudicam a coordenação motora e as atividades cotidianas. Essas sequelas podem durar meses ou até anos, tornando a recuperação dos pacientes um processo longo e desafiador.
40% pode evoluir a dor crônica
Diferente da dengue, que costuma ter um curso autolimitado, a chikungunya frequentemente deixa marcas permanentes. Estudo publicado no site SciELO Brasil aponta que até 40% dos infectados podem desenvolver artralgia crônica, uma dor persistente nas articulações que pode se assemelhar a doenças reumatológicas. Além disso, casos graves podem evoluir para encefalite, comprometendo funções neurológicas e motoras.
A transmissão do vírus ocorre pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo responsável pela disseminação da dengue e do zika vírus. O combate ao vetor continua sendo a principal forma de prevenção. A eliminação de focos de água parada, o uso de repelentes e medidas coletivas para evitar a proliferação do mosquito são essenciais para conter o avanço da doença.
Como se proteger da chikungunya?
- Elimine recipientes que possam acumular água parada.
- Utilize repelentes regularmente.
- Instale telas de proteção em portas e janelas.
- Use roupas que cubram braços e pernas, especialmente em áreas de risco.
- Em caso de sintomas como febre alta e dores intensas nas articulações, procure atendimento médico imediatamente.