São Paulo – O dólar fechou na nova máxima nominal, a R$ 4,3510, e o real já é uma das divisas com pior desempenho no mercado internacional, atrás somente da lira turca, enquanto o Ibovespa tenta segurar os 117 mil pontos.
O avanço na cotação da moeda americana acompanha a decepção de investidores com o resultado fraco do comércio varejista. O resultado do comércio divulgado pelo IBGE ficou abaixo das medianas esperadas pelo mercado no fim do ano quanto no consolidado para 2019 (veja mais na página 4).
Na Bolsa, o principal indutor de ganhos é a contínua melhora do humor dos investidores com a desaceleração do alastramento do coronavírus. A diminuição de novos casos na China pelo segundo dia consecutivo garantiu a renovação de recordes históricos em um dia em Nova York e na Europa.
O entendimento de analistas é de que, com a diminuição de casos do vírus, os impactos no crescimento econômico mundial poderão não ser tão agudos. Em relação às vendas do varejo, economistas já acreditam que o resultado pode abrir espaço para novo recuo do juro, uma ideia que ficou dividida na ata do Copom (Comitê de Política Monetária).
A sensação de contenção da epidemia puxa para cima as commodities, sobretudo o petróleo, que avança acima de 3%, em dia no qual a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) diminuiu a estimativa de aumento da demanda global, de 1,22 milhão de barris por dia (bpd) para 990 mil bpd, em razão do coronavírus.
A Comissão Nacional de Saúde da China informou que foram reportados 2.015 novos casos de coronavírus no país, no segundo dia consecutivo de recuo do número.