Dados do Celepar/Consamu indicam que o número de acionamentos totais de recursos do Samu para ocorrências covi-19 teve expressiva redução no mês de julho de 2021 (dados disponíveis até o dia 26), no comparativo com o mês anterior. O número de ocorrências atendidas neste período foi de 656, ao passo que, em junho deste ano, foram 1.018 atendimentos.
No histórico desde março do ano passado, quando teve início a pandemia, o recorde foi registrado no mês de março de 2021, com 1.022 notificações.
A tendência de queda possui reflexos também na ocupação de leitos hospitalares de UTIs exclusivas para a covid. A taxa de ocupação de UTIs da macrorregião Oeste, que envolve as regionais de Saúde de Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e Pato Branco, e que chegou a 100% no último mês de maio, baixou para 69,5% nesta quarta-feira (28). As enfermarias adulto voltadas para este público-alvo também diminuíram a taxa de ocupação, que antes situava-se na média de 85%, e agora está no patamar de 25,2%.
Para Rodrigo Nicácio, diretor médico do Samu Oeste, essa queda de atendimentos está alinhada com a redução de outros indicadores relacionados à pandemia, como casos novos, ocupação hospitalar e número de óbitos. Todavia, não é hora de baixar a guarda. “Seguimos vigilantes. Esses dados são analisados semanalmente e alguns números, até mesmo diariamente, já que a regulação de urgências é extremamente sensível à percepção de mudanças de tendências, assim como aconteceu nas ondas anteriores. A lição que fica é que aprendemos a perceber, antecipadamente, quando a situação vai mudar”, declara.