Mesmo com a chegada da pandemia, o Ambulatório de Hepatites Virais de Foz do Iguaçu, em funcionamento dentro do Programa HIV/IST/Hepatites Virais, permanece aberto ao público. Em novo endereço desde maio, na avenida JK, a unidade tem recebido usuários em busca de tratamento e informações.
Todos os anos, quando acontece a campanha Julho Amarelo, para detecção das hepatites, ações são realizadas em locais públicos com a oferta de testagem gratuita. Devido à pandemia, as atividades ficaram restritas ao prédio do ambulatório. “As pessoas podem marcar pelo telefone ou vir até o ambulatório. Durante a pandemia reforçamos a necessidade da realização do teste rápido ofertado gratuitamente”, comentou Dra. Miriam Neumann, gastroenterologista, médica responsável pelo Ambulatório de Hepatites Virais.
Mesmo com o movimento alterado pela necessidade do isolamento social, um levantamento apontou que de janeiro a junho, 50 novos casos de hepatites virais foram registrados na cidade. “Temos a incidência de 74% entre homens e 26% em mulheres, quando tratamos de hepatite B; e de 57% em homens e 43% em mulheres, quando registramos hepatite tipo C. Além disso, a incidência da hepatite B é maior de forma geral, com 54% dos casos registrados”.
De janeiro a maio deste ano foram realizados no município, 2.300 testes rápidos para hepatites. “Apesar dos testes não serem ofertados em ações fora do ambulatório, são disponibilizados para quem procura fazer o teste nas Unidades de Saúde e no Centro de Testagem que funciona junto ao Ambulatório. O resultado é rápido e sigiloso”.
Silenciosa
Na sua maioria, os pacientes com hepatites (B e C) são assintomáticos. Daí a necessidade de realizar o teste. “Temos diferentes demandas, e quando há a percepção da hepatite, ainda existe muita confusão sobre as informações a respeito de riscos e tratamentos. É justamente esse trabalho que realizamos no ambulatório”, explica.
Os tratamentos para os tipos B e C são diferenciados. Para o tipo B, é necessário acompanhamento, com exames anuais, podendo chegar a necessitar de medicamentos. “Com o tipo B, o paciente convive com a doença. Se há controle, leva uma vida normal”.
Já os pacientes do tipo C, recebem diagnóstico e tratamento completo, com medicação controlada, e chances de cura até 98% dos casos. “Mas aqui é preciso que se descubra antes que a doença se desenvolva”, alerta. Nos cadastros do Ambulatório estão registrados cerca de 2.400 pessoas com hepatite B e 700 positivos para o tipo C.
O Ambulatório de Hepatites Virais está localizado na: Avenida JK, 2826 – antigo prédio Belas Águas Claras, próximo ao BIG, aberto das 7h às 16 horas.
O telefone para contato é: 3308-2193.