No Brasil, mais de 500 mil pessoas vivem com hepatite C e não sabem, segundo o Ministério da Saúde. A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser adquirida por hábitos de vida ou por contaminação com o vírus. Existem cinco tipos identificados da doença, classificadas especificamente pelas letras A, B, C, D e E.
As hepatites B e C são consideradas IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e, muitas vezes, não apresentam sintomas até que atinjam maior gravidade. Os dados mais atualizados do Ministério da Saúde mostram que, de 1999 a 2018, foram confirmados 632.814 casos de hepatites virais no Brasil, sendo 233.027 (36,8%) de hepatite B e 228.695 (36,1%) de hepatite C.
Pessoas com idade entre 40 e 50 anos que vivem com hepatite C podem ter sido contaminadas com o vírus por meio do uso de seringas não descartáveis, transfusão de sangue sem controle de qualidade e até em hemodiálises. Hoje, a forma mais comum de contaminação, além de sexo desprotegido, é o compartilhamento de seringas, no uso de drogas, e com objetos cortantes contaminados.
Para os casos de hepatite B, já são disponibilizadas vacinas. As pessoas mais jovens são menos afetadas por essa doença, já que, atualmente, o medicamento é oferecido pouco tempo depois do nascimento, como observa o diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Fernando Mendes Pereira.
“Nós temos vacina para a hepatite B. Já para os casos de hepatite C, nós não temos. Para a hepatite B, a vacina é uma que, lá no comecinho, tinha alguns grupos prioritários. Hoje, é uma vacina universal. Então, temos observado que os mais jovens já não têm muita hepatite B porque eles estão cobertos pela vacina, já que tomam o medicamento ao nascer.”
Diagnóstico
O mais recente Boletim de Hepatites lançado pelo Ministério da Saúde aponta que, em 2018, foram registrados quase 14 mil novos de casos de hepatite B e 26 mil de hepatite C.
Gerson Fernando Mendes explica que as notificações ajudam a se chegar ao diagnóstico mais rápido. Dessa forma, o tratamento é feito com maior antecedência, tornando-se mais eficaz e em uma escala mais ampla.
“Nós temos uma estimativa de 1 milhão de casos e, diferente da Aids, que a gente consegue diagnosticar 85% dos casos, na hepatite C, só temos diagnosticado cerca de 30% dos casos. A hepatite C hoje é uma doença que tem diagnóstico através dos testes rápidos. Ela tem tratamento e cura.”
IMPORTANTE
Sem camisinha, você assume o risco. Use camisinha e proteja-se de ISTs como HIV e hepatites. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/ist.