Santa Tereza do Oeste – Com a proximidade das eleições gerais de 2022 e o avanço do calendário eleitoral, algumas situações vão ficando mais concretas, como a questão das federações partidárias que se resolveram no dia 1° de junho, outras, se resolvem apenas às vésperas das eleições ou há poucos meses antes do pleito, como é o caso do lançamento oficial das candidaturas.
Para as eleições de 2 de outubro, os partidos devem realizar as convenções partidárias entre 20 de julho e 5 de agosto, e deliberar sobre coligações e escolher candidatas e candidatos à Presidência da República e aos governos de Estado, bem como aos cargos de deputados federal e estadual e senador.
Apesar do prazo final para as convenções ser em agosto, muito se especula sobre possíveis candidaturas. Por hora, pode se falar apenas em pré-candidatos, já que a legislação eleitoral restringe a propaganda eleitoral antes do período das convenções. Por conta disso, o termo pré-candidato é utilizado nesse período “apenas” em respeito à legislação eleitoral.
Contudo, apesar das restrições e do campo bastante tortuoso nesse período eleitoral, já é possível ter uma ideia do número de candidatos a deputados estaduais e federais.
A reportagem do jornal O Paraná realizou um levantamento informal sobre o número de possíveis candidaturas que devem ser lançadas para o pleito de 2022 na região Oeste. Segundo os números, aqui na região poderão ser mais de 40 candidatos entre deputados estadual e federal.
Os nomes são muitos e vão desde deputados que buscam a reeleição, ex-deputados, vereadores, ex-vereadores, jornalistas, apresentadores, delegados, policiais militares, comandantes, herdeiros de políticos que buscam trilhar a própria carreira e também os novatos que estão atrás da emoção da disputa da eleição.
Nomes
Entre os nomes que podem figurar no páreo para a disputa de uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná, aparecem: Marcio Pacheco, Gugu Bueno, Adelino Ribeiro, Suco, Rômulo Quintino, Celso Dal Molin, Alan Medeiros, Paulo Porto, Professor Lemos, Batatinha, Gustavo Ferlin, Paulo Janke, Ademar Dorfschmidt, Lucio de Marchi, Soldado Fruet, Elton Welter, Luciano Schneider, Michel Becker, Simone Sponholz e Valdir Rosseto, entre outros.
Já o páreo para uma cadeira na Câmara dos Deputados em Brasília pode figurar com: Alfredo Kaefer, Evandro Roman, Frangão, Giacobo, Nelsinho Padovani, Renato Silva, Marlise da Cruz, Coronel Lee, Adani Triches, Henrique Mecabô, Delegado Alamino, Tita Furlan, Dilceu Sperafico, Caminhoneiro Solitário, Pedro Sampaio e Sidnei Mazzuti, entre outros.
Assessoria/Amop
Amop levanta o “Voto Útil”
Em que pese à lista de candidatos serem considerável, isso não significa necessariamente que a eleição esteja garantida. Isso porque, muitas vezes os candidatos da região não alcançam a votação necessária para se eleger, não porque a região não tenha votos suficientes, mas porque esses votos vão para candidatos “alienígenas”, de fora da região.
A destinação de votos a candidatos com domicílio em outras regiões não é um problema de hoje. A situação vem se repetindo há muitos anos, inclusive, em outras oportunidades, campanhas pelo voto útil, ou seja, voto em candidatos da região, foram realizadas por entidades civis organizadas.
O presidente de Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), e prefeito de Santa Tereza do Oeste, Elio Marciniak, o “Kabelo”, defende a bandeira do voto útil para o pleito de outubro. “Como presidente da Amop essa é uma das principais bandeiras que defendo, de que o Oeste deve ser bairrista. Bairrista no sentido de ter maior representatividade no governo estadual e federal.”
Kabelo explica que outras regiões mais unidas politicamente como o sudoeste do Paraná, que tem aproximadamente 500 mil eleitores possuem mais representantes do que o Oeste. “O sudoeste tem presidente da Assembleia Legislativa, deputados estaduais, federais, um maior número de representantes dentro do governo do Estado, como secretários de Estado e a Região Oeste não tem tantos representantes. A gente perdeu nossos representantes, então a bandeira da Amop é ser bairrista e votar nos candidatos do Oeste do Paraná.”
O presidente da Amop tem compartilhado essa bandeira com os demais prefeitos da região, para que apoiem nomes do Oeste no pleito de 2022. “Tenho levado nas reuniões e encontros essa bandeira, pedindo para que os prefeitos sejam bairristas. A gente fica distribuindo os votos que vai para o Paraná inteiro e ficamos sem representatividade no Oeste”, enfatiza.