Após o susto de ontem e com forte investida com os partidos do Centrão e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o governo federal conseguiu manter a proibição de reajuste de servidores públicos até 2021. O veto do presidente Jair Bolsonaro foi mantido por 316 votos a favor e 165 contra.
A medida tinha sido derrubada pelo Senado na quarta, e, para reverter a situação, foi costurado um acordo envolvendo a prorrogação do auxílio emergencial e a liberação de recursos do Orçamento ainda este ano. Esses dois pontos já estavam em negociação, mas deputados ganharam maior poder de influência depois da decisão dos senadores.
O Ministério da Economia calcula que, se o veto fosse derrubado, comprometeria uma economia fiscal entre R$ 121 bilhões e R$ 132 bilhões aos cofres da União e de estados e municípios. Com a decisão, continuam congelados até o fim de 2021 os salários dos servidores federais, estaduais e municipais, inclusive das áreas de segurança, saúde e educação.
A oposição e a bancada da segurança pública chegaram a pressionar pela derrubada do veto, mas não tiveram força para isso.