Cotidiano

Zeladoras contra o tempo para entregar Cmeis limpos

As novas zeladoras dos Cmeis (Centros Municipais de Educação Infantil) de Cascavel começaram ontem a trabalhar e encontraram bastante serviço. Animadas por terem conseguido a vaga que tanto queriam, agora correm contra o tempo para entregarem as unidades limpinhas para os alunos que vão para a sala de aula a partir desta quinta-feira (7). Para dar conta de tudo, mutirões de limpeza foram organizados, porque a Secretaria de Educação garante que não vai adiar o início das aulas.

“Já estou passando Cmei por Cmei e verificando o trabalho das equipes e todas estão conseguindo realizar os serviços. Os alunos vão estar na sala no dia 7. E temos amanhã [hoje] o dia todo ainda, tempo suficiente para fazer os serviços necessários”, garante a secretária de Educação, professora Márcia Baldini.

Apesar da correria, Márcia respira aliviada, pois a falta de zeladores no fim do ano passado quase a fez interromper as aulas.

Os 198 funcionários contratos pela Orbenk – vencedora da licitação para a terceirização do serviço de limpeza – começaram a trabalhar ontem nos 54 Cmeis de Cascavel. Além das zeladoras, há encarregados que gerenciam todo o trabalho.

No Cmei Anita Botelho Coginotti, do Bairro São Cristóvão, cinco zeladoras trabalham a todo o vapor. “As zeladoras estão correndo para entregar tudo até o início das aulas. Pelo menos a maior parte dos serviços”, disse a diretora da unidade, Jessica Lays Duve.

Limpeza de pátio, das salas, do jardim, mais o cuidado com as roupas de cama são os serviços realizados nesse Cmei. “Como nos fez falta o trabalho dessas zeladoras… Na época que as meninas saíram, até os pais, as cozinheiras e nós mesmos ajudamos a cuidar do prédio. Agora melhorou muito”, lembra a diretora, referindo-se à quebra do contrato com a empresa responsável pelos serviços ocorrida em agosto do ano passado.

Felicidade estampada no rosto

A felicidade é visível no rosto das zeladoras que varriam, passavam pano e limpavam as janelas do Cmei Anita Botelho. É o retrato de quem está feliz por voltar ao batente, tanto que nem dá vontade de reclamar da quantidade de trabalho, pelo contrário, são gratas pela oportunidade de melhorar a renda da família.

“Tem bastante serviço para fazermos, mas está bom. Eu fiquei um ano despregada e fez muita falta para a renda da minha casa. Só tenho a agradecer e que venha muito mais trabalho que a gente dá conta”, disse a zeladora Sara Dolabo, uma das mulheres que madrugaram na porta da Agência do Trabalhador na semana passada para garantir a vaga de zeladora.