Opinião

Trânsito: decisão pessoal!

Trânsito: decisão pessoal!

Por Paulo Alexandre 

O balanço da Operação Nossa Senhora, da Polícia Rodoviária Federal, de acordo com os dados divulgados ontem (13), pode ser considerado “positivo”. Nos cinco dias da operação foram registrados 260 acidentes graves nas rodovias federais de todo o país, queda de 21,7% em relação ao ano passado. Ainda assim, os acidentes resultaram em 86 mortes, 4,5% abaixo do que em 2020, quando foram registradas 90 mortes. No geral, foram 1.038 acidentes este ano, 14% a menos que em 2020.

Ainda segundo os dados federais, a maior parte das mortes (27), como “costuma” ocorrer, foram em decorrência de colisões frontais, muitas das quais ocasionadas por ultrapassagens em faixa contínua, o tipo mais comum de infração nas estradas. Neste ano, foram mais de 5,7 mil flagrantes somente desta da irregularidade. Mesmo assim, o feriadão terminou com 1.230 feridos em acidentes nas rodovias federais, 15,4% a menos do que em 2020.

No Paraná, a Polícia Rodoviária Estadual lavrou 1.092 autuações de trânsito e prendeu seis motoristas embriagados. O balanço estadual registrou 89 acidentes, com 79 feridos e 18 mortes. Sem dúvida, não há “balanço positivo” quando as vidas continuam sendo ceifadas como resultado da imprudência, da falta de respeito às leis e normas de trânsito concebidas para ordenar o fluxo do tráfego, mas, sobretudo, para proteger a vida.

O feriado prolongado de 12 de outubro, tradicionalmente, ocorre poucos dias após as atividades da “Semana Nacional do Trânsito”, que sempre chama condutores e pedestres à responsabilidade mutua. Evidentemente, há fatalidades que não podem ser impedidas, porém, a maioria absoluta dos “acidentes” acaba por ser resultado da “decisão pessoal” de quem está ao volante. Excesso de velocidade, ultrapassagens irregulares, embriaguez ao volante e falta de manutenção dos veículos não são fatalidades, mas, sim, escolhas pessoais que têm suas consequências – riscos assumidos com total irresponsabilidade.

O ditado sábio lembra que toda semeadura é livre, contudo, a colheita é obrigatória! Bons resultados são obtidos com boas escolhas. Logo, se os números estão melhores, apesar dos pesares, há que se considerar que existem mais cidadãos conscientes, tomando decisões corretas. Estes, certamente, chegam aos seus destinos com saúde se nenhum inconsequente lhe cruzar o caminho!