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Traje social é coisa do passado nas maiores instituições financeiras do Brasil

Empresas tradicionais já liberam os profissionais das roupas mais formais

Traje social é coisa do passado nas maiores instituições financeiras do Brasil

Diversas indústrias já liberaram os funcionários para se vestirem de forma mais confortável, sem a exigência de uma roupa social – com restrições e regras para cada empresa. Mas o setor financeiro ainda era relutante em conceder este benefício aos funcionários, muito pela formalidade do trabalho e pela característica tradicional dos empregos relacionados com banco e bolsa de valores. Mas esse conceito está caindo por terra, indicam algumas novas movimentações neste mercado.

Em janeiro de 2019, a bolsa de valores de São Paulo lançou um novo código de vestimenta, muito mais despojado do que o anterior, vigente desde os anos de 1990. O traje social foi substituído por jeans, bermuda, camiseta e calçado casual. Mas ainda existem restrições: nada de regata, camiseta de time e tênis de ginástica. Mesmo assim, é uma mudança radical no modo de se portar e de se apresentar, mesmo em cargos mais altos.

Três anos antes, o tradicional banco privado J.P. Morgan dispensou o uso de gravata. Agora, foi a vez do Goldman Sachs fazer o mesmo, por meio de uma carta ao time global. “É claro que roupas casuais não são apropriadas todos os dias e para todas as interações, e confiamos em que vocês exercitem seu bom senso nesse sentido”, acrescenta o memorando, noticiado inicialmente pela Reuters. “Todos nós sabemos o que é e o que não é apropriado para o local de trabalho”.

No país, Bradesco e Itaú aboliram o uso do traje social, apenas recomendando bom-senso aos funcionários. A medida foi anunciada pelo presidente do conselho, Lázaro Brandão. No início, os colaboradores estavam liberados apenas das gravatas nas sextas-feiras. Depois, o banco anunciou não ter um dress-code. As iniciativas fomentam uma maior diversidade e representatividade de estilos e pessoas.

No início das mudanças, os relatos foram de que os trabalhadores ainda tinham receio de encontrar superiores com uma vestimenta mais social, o que os levava a ter itens como calças sociais e gravatas na mochila. Com o decorrer do tempo, contudo, a orientação de utilizar roupas mais confortáveis passou a dominar o ambiente Não significa, no entanto, que os profissionais estejam liberados para serem desleixados com a roupa de trabalho.

Os sapatos e roupas que as pessoas escolhem ainda são capazes de promover uma má ou boa impressão nos clientes ou nos colegas de trabalho. O traje escolhido também deve levar em conta alguns aspectos, como o fato de ter ou não reunião importante no dia. Para os homens, o sapato social masculino e a camisa continuam sendo ótimos itens para compor um look para o trabalho. Já para as mulheres, o ideal é ter atenção com o decote (na altura da axila) e com o comprimento da saia (no máximo, quatro dedos acima do joelho).