Cotidiano

Sri Lanka: grupo jihadista executou ataques que mataram 290 pessoas

Foram detidas pelo menos 24 pessoas por suspeita de relação com os ataques

Sri Lanka – O governo do Sri Lanka apontou o grupo jihadista NTJ (National Thowheeth Jama’ath, ou Organização Nacional Monoteísta, em tradução livre) como responsável pelos ataques a igrejas e hotéis do país que deixaram 290 mortos e 500 feridos no domingo (21) de Páscoa.

O governo decretou estado de emergência a partir da 0h de terça-feira (23, 15h30 de segunda em Brasília). A medida aumenta os poderes das forças de segurança, que poderão interrogar e prender suspeitos sem ordem judicial.

Foram detidas pelo menos 24 pessoas por suspeita de relação com os ataques. Rajitha Senaratne, ministra da Saúde, disse que os atentados tiveram participação estrangeira. “Os documentos de inteligência reportam que organizações terroristas estrangeiras estão por trás dos terroristas locais”, disse ela, em entrevista coletiva. O Sri Lanka pediu ajuda de outros países para investigar os ataques.

Apontado como autor dos ataques, o NTJ era conhecido no Sri Lanka por vandalizar estátuas budistas. Em 2016, seu secretário, Abdul Razik, foi preso por incitar racismo.

Investigadores disseram que sete homens-bomba participaram dos ataques. Dois deles se explodiram no hotel de luxo Shangri-La, em Colombo. Os outros miraram três igrejas e outros dois hotéis. Nenhum grupo reivindicou a autoria das ações.

A maioria das explosões do domingo ocorreu durante missas de Páscoa ou em salões de hotéis, onde os hóspedes tomavam café da manhã.

Uma nova explosão ocorreu nessa segunda em uma van que estava perto de uma igreja. A bomba detonou enquanto agentes tentavam desarmá-la. Não há informações sobre feridos. Em outra ação, a polícia encontrou 87 detonadores de bombas em um terminal de ônibus de Colombo.