Cotidiano

Saída de Raúl Castro marca nova era para direitos humanos em Cuba

Havana – A AI (Anistia Internacional) afirmou ontem que o fim do mandato do presidente de Cuba, Raúl Castro, deve representar "o anúncio de uma nova era para os direitos humanos" na ilha. A informação é da EFE.

A organização internacional publicou ontem sua proposta de roteiro para o novo governo cubano com o título "Transformar o enfrentamento em diálogo", com a qual ilustra como melhorar o histórico de Cuba no que diz respeito aos direitos humanos.

Após completar dois mandatos de cinco anos, Raúl Castro deverá deixar a Presidência do país nesta quinta-feira (19), momento que, segundo a AI, será uma "oportunidade histórica" para "estabelecer um diálogo essencial e construtivo sobre o futuro de Cuba".

Raúl e seu irmão mais velho, o já falecido Fidel, comandaram o país durante quase 60 anos. O herdeiro mais provável, o primeiro vice-presidente Miguel Díaz-Canel, nasceu um ano após a revolução e tem um perfil público muito mais discreto.

A diretora para as Américas da AI, Erika Guevara, disse que o novo presidente deve "consolidar os progressos em Cuba em matéria de direitos humanos, em áreas como o acesso à assistência médica e à educação".

A representante da Anistia Internacional, que tem vetada a entrada no país caribenho há quase 30 anos, defendeu que Cuba "deve abordar as restrições que persistem sobre o direito à liberdade de expressão e de reunião pacífica". Além disso, as autoridades "devem garantir os direitos de toda a população cubana", inclusive os dos que "criticam o governo", pontuou.

Para isso, é preciso "acabar rapidamente com a censura, colocar o sistema de justiça penal em consonância com as normas internacionais e abordar a discriminação em todas as suas formas", opinou a diretora.

Câncer

O câncer figura como principal causa de morte em 516 dos 5.570 municípios brasileiros. É o que aponta pesquisa divulgada ontem pelo Observatório de Oncologia do movimento Todos Juntos Contra o Câncer, em parceria com o CFM (Conselho Federal de Medicina). O estudo alerta que a doença avança no Brasil ano após ano e, caso a trajetória seja mantida, em pouco mais de uma década as chamadas neoplasias serão responsáveis pela maioria dos óbitos em todo o País.

Os dados mostram que a maior parte das cidades brasileiras onde o câncer aparece como principal causa de morte está localizada em regiões mais desenvolvidas, justamente onde a expectativa de vida e o Índice de Desenvolvimento Humanos são maiores. Dos 516 municípios onde os tumores mais matam, 80% ficam no Sul (275) e Sudeste (140), enquanto o Nordeste concentra 9% dessas localidades (48); o Centro-Oeste, 7% (34); e o Norte, 4% (19).