Saúde

Possibilidade de ter infarto é maior no inverno; como se cuidar

Possibilidade de ter infarto é maior no inverno; como se cuidar

O inverno chegou com tudo no Brasil, trazendo neve no extremo-sul e geadas fortes no Paraná. E, juntamente com o frio, uma série de cuidados devem ser tomados para evitar problemas à saúde. O coração também deve ser alvo desses cuidados. Basta observar que dados do Instituto Nacional de Cardiologia revelam que o número de infartos nesta época do ano pode aumentar em até 30%. As razões disso, explica o médico cardiologista Roberto Yano, é que, “em temperaturas mais frias, o corpo entra em vasoconstrição, reduzindo o calibre das nossas artérias e com isso pode ocorrer a elevação da pressão arterial”.

Segundo o cardiologista, uma atenção especial deve ser dada para quem já possui doenças prévias do coração e, principalmente, doença das coronárias. “A passagem de sangue pelos vasos já está sendo parcialmente bloqueada por placas de aterosclerose. No inverno, essa condição pode piorar. Afinal, no frio, a constrição das artérias reduz mais ainda o fluxo sanguíneo pelo corpo e pela coronária, e o que pode ocorrer? Aumento do risco de infarto”.

Outra questão a ser observada nesta época do ano é na má alimentação, orienta o cardiologista. “O corpo precisa de mais energia para manter a temperatura ideal e, por isso, o organismo pede mais comida. O problema é que, para suprir essa vontade, a pessoa acaba ingerindo alimentos mais calóricos e gordurosos. Se por um lado a comida gordurosa parece ser uma fonte mais eficiente para fornecer energia, alimentar-se mal pode acelerar ainda mais o processo de aterosclerose, entupindo as artérias do coração, e levando ao infarto”, acrescenta.

E um grave problema também que precisa ser destacado é a redução de exercício físico: “As pessoas tendem a se exercitar ainda menos no frio e sabemos que pessoas sedentárias estão mais propensas a doenças cardiovasculares. Além disso, o exercício provoca uma vasodilatação arterial, garantindo o fluxo adequado para os nossos órgãos”, explica.

Por fim, o mais importante de tudo, reforça Yano, é manter o acompanhamento clínico de forma periódica: “Mantendo a saúde em dia e controlando os fatores de risco, certamente futuras complicações serão evitadas. Diante de um cenário de pandemia, mantenha o equilíbrio emocional e siga sempre as orientações do seu médico. Assim poderá evitar que enfermidades, como diabetes, colesterol alto, hipertensão arterial, obesidade, ou até mesmo um infarto atrapalhem a sua vida”, completa.