Paranaguá – O Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, sistema por onde são movimentados grãos e farelos, será remodelado e modernizado para atender a crescente demanda do agronegócio paranaense. A estrutura foi construída ainda na década de 1970. Nessa quinta-feira (15), o governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve em Paranaguá e autorizou a licitação do projeto básico das obras.
Ele destacou que, quando concluída, a modernização vai aumentar em 40% a capacidade de exportação do Porto de Paranaguá. “Dará velocidade enorme às operações de embarque. O agronegócio paranaense tem dobrado de tamanho a cada dez anos e o Porto de Paranaguá, que é o grande exportador de grãos na América do Sul, tem que acompanhar o crescimento da produção”, disse o governador.
No evento, realizado na sede administrativa da empresa pública Portos do Paraná, Ratinho Junior anunciou o ingresso da administração portuária no Pacto Global da ONU e lançou o serviço de Certidão Negativa de Débitos online e o concurso para o projeto de um prédio turístico. O governador também fez a chamada servidores aprovados nos concursos públicos realizados em 2016 e 2017.
O governador lembrou que nesta semana o Paraná se tornou o primeiro estado do Brasil a receber autonomia para administrar contratos de exploração de áreas dos portos organizados. Segundo ele, a independência comprova o alto nível técnico dos Portos do Paraná.
Ganho operacional
Segundo o diretor-presidente dos Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, com a modernização, o complexo vai otimizar o ganho operacional do porto. “Isso significa a diminuição do custo da cadeia logística. Os portos do Paraná passam a ser muito interessantes e mais eficientes para os produtores”.
O projeto básico para as obras de repotenciamento do Corredor de Exportação será a base para o projeto executivo e as obras que aumentarão a capacidade de embarque de grãos e farelo pelos três berços exclusivos do Corredor em 33%. Maior produtividade significa menor tempo de operação, maior rotatividade das embarcações e menor custo para toda a cadeia.
O objetivo do investimento é desenvolver um novo sistema, de modo que a atual produtividade, de 3 mil toneladas/hora, por berço, passe a 4 mil toneladas/hora. Para isso, o projeto prevê seis novas correias transportadoras e a aquisição de novos equipamentos eletromecânicos.
Além de ganhar mais potência e produtividade, o Corredor de Exportação passará a operar com melhores práticas ambientais e alcançar maior segurança operacional e de trabalho. As novas correias serão enclausuradas, ou seja, protegidas de modo a evitar perdas na carga, sujeira da cidade e prejuízo à qualidade do ar e ao meio ambiente como um todo, pelo pó. No mesmo projeto estão previstas todas as obras necessárias para que o Corredor de Exportação opere em plena capacidade.