Cotidiano

Paraná poderá ser o maior produtor de alimentos do mundo

O governador Carlos Massa Ratinho Junior fez essa afirmação durante uma reunião com prefeitos na ExpoParanavaí, um dos principais eventos de agronegócios do Paraná

O governador Carlos Massa Ratinho Junior confirmou neste sábado (16) investimentos de R$ 2,82 milhões em obras e compra de máquinas e veículos para oito municípios da região Noroeste do Estado. Foram assinadas, na ExpoParanavaí, um dos principais eventos do agronegócio do Paraná, autorizações e homologações.   -  Paranavaí, 16/03/2019  -  Foto: José Fernando Ogura/ANPr
O governador Carlos Massa Ratinho Junior confirmou neste sábado (16) investimentos de R$ 2,82 milhões em obras e compra de máquinas e veículos para oito municípios da região Noroeste do Estado. Foram assinadas, na ExpoParanavaí, um dos principais eventos do agronegócio do Paraná, autorizações e homologações. - Paranavaí, 16/03/2019 - Foto: José Fernando Ogura/ANPr

O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou nesse sábado (16) que quer consolidar o Paraná como o maior produtor de alimentos do planeta. Ele fez essa afirmação durante uma reunião com prefeitos na ExpoParanavaí, um dos principais eventos de agronegócios do Paraná. “Estamos organizando o Estado para alcançar esse posto porque o mundo, no futuro, vai precisar cada vez mais de comida e o Paraná pode se destacar nesse cenário, já que ninguém produz em quantidade e em variedade como o nosso Estado”, disse.

De acordo com Ratinho Júnior, para se destacar no fornecimento de alimentos o Estado precisa resolver os gargalos logísticos e criar condições para exportar de forma mais eficiente para China, Estados Unidos, entre outros, e escoar a produção. Para isso, há vários projetos e discussão em andamento.

Um deles é a criação da ferrovia bioceânica, que ligará os portos de Paranaguá, no litoral do Estado, ao de Antofagasta, no Chile. O governador afirmou que a iniciativa já foi apresentada ao presidente Jair Bolsonaro e a ideia é que a Itaipu Binacional faça o projeto executivo e que outros países possam participar da construção da ferrovia. Na semana passada, o embaixador da China, Yang Wanming, confirmou durante reunião com o governador, no Palácio Iguaçu, o interesse no projeto.

“Pelos nossos cálculos, com essa ferrovia conseguiremos baratear em 40% o custo logístico de exportação para a Ásia, por exemplo”, disse Ratinho Júnior. “Precisamos entregar produtos com eficiência e com preços competitivos para nos consolidarmos como referência na área de fornecimento de alimentos”, acrescentou.

CONCESSÕES – Outra frente de trabalho de infraestrutura e logística é a parceria com o governo federal na concessão de rodovias do Anel de Integração, com foco na redução de tarifas e na modernização da estradas.

Há um grupo de trabalho formado pelos governos estadual e federal para repensar o modelo de concessão paranaense. Segundo o governador, o Estado também entrará no leilão de concessões de aeroportos, anunciado nesta semana pelo governo federal.

O governador disse ainda que, na busca por transformar a infraestrutura do Paraná, neste primeiro semestre lançará um programa que prevê o desenvolvimento de projetos para modernização das rodovias, com foco em terceiras faixas, duplicações, trincheiras, viadutos, entre outros. “Hoje, se tivéssemos R$ 1 bilhão em caixa, não conseguiríamos fazer nada porque não temos projeto. Portanto, vamos estimular o desenvolvimento de projetos”, disse.

NOROESTE – O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, disse que a pasta iniciou um programa de relacionamento e transparência absoluta com o Estado. Ele falou também que o Governo dará toda atenção à região Noroeste, que tem 30% da malha rodoviária estadual, formada por 11 mil quilômetros. “Temos o compromisso de defender cada vez mais essa região, que até então não era tratada com a seriedade que merece”, disse.

Ele citou o pacote de R$ 54,7 milhões em investimentos para a PR-323, anunciado na sexta-feira (15) pelo governador na Expo Umuarama. “Vamos trazer infraestrutura e qualidade às rodovias do Paraná e adequá-las à produção e à qualidade da nossa agricultura, que precisa chegar ao Porto e ao mundo”, afirmou.