Cotidiano

Paraná confirma mais 10.289 casos e dez mortes por dengue em uma semana

O Estado já tem 167.707 casos confirmados da doença

Paraná confirma mais 10.289 casos e dez mortes por dengue em uma semana

O boletim semanal da dengue aponta 167.707 casos confirmados da doença no Estado, com 10.289 casos a mais que a publicação anterior, que trazia 157.418 confirmações.

O informe publicado nesta terça-feira (12) pela Secretaria da Saúde do Paraná também confirma mais dez óbitos por dengue. As mortes ocorreram entre os meses de fevereiro e abril e estavam em processo de investigação.

228 municípios estão em situação de epidemia; entraram para esta relação as cidades de Apucarana, Congoinhas, Planalto, Jundiaí do Sul e Foz do Jordão. Todos apresentam taxa de incidência proporcional acima de 300 casos por 100 mil habitantes.

São 303.548 notificações para a dengue em todas as regiões do estado. O boletim totaliza dados de julho de 2019 até esta segunda-feira (11).

“A dengue mata e os números confirmam a gravidade da situação; entre os óbitos confirmados na semana temos, inclusive, casos de crianças que morreram por causa da infecção. Alertamos a população para ações de combate à doença com a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes Aegypti, pois os principais focos de transmissão estão nos domicílios e precisamos da participação de todos neste controle”, afirma o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto.

Curva de redução – Apesar do número expressivo de casos, a curva epidemiológica da dengue começa a mostrar tendência de queda.

De acordo com análise das quatro últimas semanas (semanas epidemiológicas 16 a 19), essa tendência de queda pode ser avaliada em pelo menos 167 municípios. “Na maioria dessas cidades, atuamos em parceria com as secretarias municipais de Saúde realizando mutirões técnicos para eliminação dos criadouros, nos meses que aconteceram a pandemia do novo coronavírus”, explica a coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte.

A atual tendência de queda independe do índice acumulado no período epidemiológico. O cálculo é feito semanalmente avaliando a taxa de incidência em cada cidade. Por exemplo, a cidade de Iracema do Oeste, que no período total acumula a maior taxa do Estado, com mais 17 mil casos por 100 mil habitantes, proporcionalmente, registra nesta semana a incidência 473 casos por 100 mil habitantes. “Ainda é uma taxa elevada, o município segue em epidemia, mas a diminuição é real”, avalia Raul Bely, da Assessoria de Informação Técnica da Sesa.

Outro exemplo é a cidade de Santa Isabel do Ivaí: de uma incidência acumulada proporcional de 16.598 por 100 mil habitantes, reduziu a taxa nas últimas 4 semanas, registrando 174, 36 na semana 16; 127,86 na semana 17; 69,74 na semana 18, e nesta semana de monitoramento, que é a semana 19, repete a taxa de incidência de 69,74 por 100 mil habitantes.

Também estão neste grupo de cidades que apresentam real tendência de queda na taxa de incidência de casos : Quinta do Sol, Itaúna do Sul, Quatro Pontes, Floraí, Paranapanema, Icaraíma e Santo Antônio do Caiuá.

“Não quer dizer que as cidades estão livres da circulação do vírus, mas a redução mostra que a eliminação manual dos criadouros, aliada a outras técnicas de combate, pode reduzir o número de casos”, destaca Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa.

“E, neste momento, com as ações de campo restringidas em função do controle da covid-19, contamos principalmente, com o apoio de cada paranaense, na verificação de sua casa, , eliminando todo recipiente que possa acumular água, nos ambientes internos e externos de casa, como em vasos de plantas, calhas, pneus parados, vasilhames destampados, entre outros. Os números publicados mostram que ainda existe um desafio muito grande pela frente e a cooperação de cada cidadão é fundamental ”, disse a diretora.

Óbitos – Entre os dez óbitos confirmados nesta semana, dois são de crianças. Outro dado chama a atenção, cinco óbitos não apresentam comorbidades associadas.

Dois óbitos foram município de Paranavaí, duas mulheres, uma de 67, com cardiopatia associada, e outra de 58 anos, sem comorbidade.

Os demais óbitos aconteceram em: Foz do Iguaçu, homem, 53 anos, sem comorbidade; Cascavel, homem, 21 anos, sem comorbidade; Douradina, homem, 91 anos, sem comorbidade; Sarandi, mulher, 54 anos, com epilepsia associada; Toledo, mulher de 43 anos, que havia passado por cirurgia bariátrica há 4 anos; Tupassi, homem de 63 anos, com hipertensão; Assis Chateubriand, um menino de 8 anos, sem comorbidade , e em Maringá, outro menino de 4 anos que apresentava sequela neurológica.