Cotidiano

Para não haver greve, reajuste deve chegar a 5%

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O prefeito Leonaldo Paranhos conseguiu adiar a greve dos motoristas do transporte público de Cascavel, pelo menos até semana que vem. Minutos antes de os motoristas encostarem os ônibus, a diretoria do Sinttracovel aceitou o pedido do prefeito, deixou em suspenso o movimento mas já mandou recado: sem acordo, para tudo na próxima terça-feira.

Uma reunião entre prefeito, representantes dos motoristas, das empresas Viação Capital e Pioneira, e da própria Cettrans está agendada para esta quinta-feira, às 10h.

É o prazo que o prefeito tem para articular com as empresas prestadoras do serviço que revejam a proposta de 4% para 5% de correção sobre os salários, índice mínimo reivindicado pelos trabalhadores. Até a última segunda-feira, as empresas se recusavam a falar em qualquer número superior a 4%.

Outro item da pauta é o vale-alimentação, hoje em R$ 236, que as empresas querem aumentar para R$ 250 e os motoristas não abrem mão de R$ 300.

Sem isso, garantem: para tudo!

O diretor do sindicato, Valdir Dutra, disse que a categoria espera que Paranhos consiga ajudá-los e que as empresas cheguem a pelo menos 5% no reajuste salarial. “Nosso salário é de R$ 2.270 e as empresas ofereceram R$ 2.360, mas queremos no mínimo R$ 2.400. Acredito que não vão deixar o sistema parar por causa de R$ 40”, pondera. “O sistema já está um caos… Ninguém quer greve. Mas, se as empresas chegarem com a mesma proposta, vai ter greve a partir da 0h de terça-feira [19]”, promete.

Sem conversa

Os motoristas não querem mais conversa. Eles já deram os números mínimos e avisaram que nem precisa mais haver assembleia. Se o reajuste chegar a 5%, continuam trabalhando. Caso contrário, a greve já está convocada para a próxima terça-feira. “Vamos fazer a assembleia à noite somente para informar o resultado da reunião com o prefeito, pois já está decidido o que será feito para qualquer resultado da reunião”, acrescenta Valdir Dutra.

Reportagem: Silvio Matos