Saúde

Osteoporose cresce e põe em risco a saúde dos dentes

Osteoporose cresce e põe em risco a saúde dos dentes

A osteoporose é uma doença silenciosa, avança lentamente, está associada ao envelhecimento, afeta o corpo de maneira progressiva, assintomática e, em especial, a parte óssea sistêmica. As taxas de morbidade e mortalidade aumentam todos os dias e é considerada pela Organização Mundial da Saúde um problema mundial.

Informações recentes do estudo O peso da osteoporose em quatro países da América Latina (Brasil, Colômbia, México e Argentina) relatam que a doença atinge 200 milhões de pessoas, sendo 10 milhões só no Brasil. A pesquisa foi publicada no Journal Of Medical Economics.

A doença é considerada um pesadelo para mulheres que já passaram pela menopausa. Uma em cada três mulheres tem a doença após os 50 anos. Nos homens com a mesma idade, a cada cinco um é afetado. A fragilidade óssea é causada pela ausência do hormônio estrogênio, que implica a fixação do cálcio. A patologia acontece quando o organismo não renova a produção de tecidos ósseos, o que sujeita a fraturas no corpo, principalmente fêmur, colo do fêmur e coluna.

Saúde bucal

A osteoporose também alcança a saúde bucal, com grandes riscos para a mandíbula e o maxilar. Alguns problemas dentários estão relacionados à baixa densidade óssea e apresentam maiores riscos, entre eles a retração gengival e a gengiva em destaque. A doença em grau mais severo compromete a fixação dos dentes e pode ocasionar perda ou soltura, além de prejudicar o ajuste de próteses ou implantes. O enfraquecimento dos dentes é causado pela perda óssea, que compromete a boca, podendo causar doenças periodontais (cáries, gengiva inchada, sangramentos, mau hálito e infecções).

“Em caso de perda dos dentes, o dentista escolhe a melhor opção de tratamento que pode ser enxerto ósseo, com o osso do próprio paciente ou com materiais biológicos compatíveis”, esclarece a doutora Érika Vassolér, dentista e consultora de higiene bucal da Condor.

Prevenção é a melhor saída

A prevenção é fundamental para melhorar o quadro de qualquer doença. Numa simples visita ao dentista é possível a detecção precoce da osteoporose. Exames de rotina com análise radiográfica facilitam o diagnóstico.

“Atividade física é importante em qualquer período da vida. E essencial para prevenir a osteoporose. Os exercícios mais indicados são musculação e caminhada. O impacto gerado no corpo ajuda a estimular e aumentar a produção dos osteoblastos e osteoclastos, células que formam o tecido ósseo. A dupla é responsável pela síntese dos componentes orgânicos da matriz óssea na superfície do osso, permitindo a remodelação óssea”, ressalta Hebert Trindade, educador físico na Fórmula Academia, unidade Frei Caneca.

É importante evitar maus hábitos responsáveis pela aceleração da perda de massa. Fumar e beber (em excesso) são vícios extremamente danosos em quem tem osteoporose. “Alimentação é um fator importante para manter o corpo saudável, desde a infância. Vitaminas A, C e D, fibras e água são grandes aliados para uma boa dentição”, enfatiza a Juliane Ruiz, nutricionista na Bodytech Vila Olímpia.

Confira os nutrientes importantes na luta contra a osteoporose e em quais alimentos podem ser encontrados:

Cálcio: nas crianças está relacionado a boa formação dos dentes. Fortalece toda a estrutura óssea, age na remineralização do esmalte dos dentes, é responsável por elevar o Ph bucal, reduz a fragilização dos dentes em contato com alimentos mais ácidos. O cálcio é encontrado em lacticínios (queijos, iogurtes, leite), gema do ovo, sardinha e vegetais verde-escuros.

Vitaminas:

D: a absorção do cálcio acontece quando a vitamina D é ativada. Para isso acontecer, é necessário ficar exposto ao sol todos os dias de 15 a 20 minutos. As principais fontes são: atum fresco, cogumelo, leite, ovo de galinha, fígado de boi, sardinha fresca ou enlatada.

A: é essencial para a boa manutenção dos tecidos da gengiva e para a boa formação do esmalte. Pode ser encontrado: gema de ovo, óleo de peixe, cenoura, espinafre, manga, fígado e mamão.

C: protege o tecido das gengivas contra lesões, sangramentos e facilita o processo de cicatrização. Frutas cítricas: acerola, mexerica, limão, laranja, tomate, caju, goiaba e kiwi.

Fibras: para aproveitar ao máximo os benefícios das fibras é indispensável mastigar bem os alimentos sem pressa. A força causada durante a ação auxilia na remoção de resíduos alimentares entre os dentes e aumentam a produção de saliva. Alimentos ricos em fibras: maçãs, legumes firmes crus, cereais integrais, cenoura, oleaginosas (castanhas e nozes).

Água: ajuda a equilibrar o Ph da cavidade bucal, proteger dentes e gengiva. É recomendável beber 30 ml de água por quilo de peso.

Fonte: http://www.condor.ind.br


Ossos fortes desde a infância

A osteoporose, doença que faz com que os ossos se tornem mais porosos, menos densos e mais propensos a fraturas, tem sido denominada “doença pediátrica com consequências geriátricas”, porque a fase crítica de formação da matriz óssea de um indivíduo ocorre durante toda a infância e dura até o fim da puberdade, com pico de massa óssea por volta dos 25 anos; logo, a massa óssea estabelecida na infância e adolescência é um importante fator mediador da saúde esquelética ao longo da vida. Os hábitos de saúde que as crianças estão formando agora podem quebrar os ossos à medida que envelhecem.

Segundo Ana Paula Del’Arco, nutricionista e consultora da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos), felizmente há muitas coisas que as pessoas, em todos os estágios da vida, podem fazer para a manutenção da qualidade dos ossos, especialmente na infância e adolescência, como incorporar na dieta alimentos que são ricos em cálcio e vitamina D, como o leite e produtos lácteos que também fornecem outros minerais e vitaminas necessários ao organismo, além da prática regular de atividade física.

Desenvolvimento

Os ossos crescem e se desenvolvem durante a infância, ganhando massa e força. A massa óssea adquirida enquanto jovens determina a saúde esquelética para o resto da vida. A equação é simples, quanto mais compacta for a massa óssea após o fim da adolescência, mais proteção teremos contra a perda de massa óssea depois.

Até aproximadamente os 6 anos de idade, a alimentação de uma criança é caracterizada pela fase láctea, na qual o leite (principal fonte de cálcio da alimentação) é parte fundamental da nutrição. Nessa fase, as crianças estão em pleno desenvolvimento e qualquer deficiência nutricional pode ser grave e afetar definitivamente o desenvolvimento de algum sistema orgânico.

O consumo de leite e lácteos é muito importante também na adolescência para o desenvolvimento e a consolidação da matriz óssea, garantindo a dureza óssea e o crescimento sadio dos ossos, o que reduz o risco do desenvolvimento da osteoporose e outras doenças ósseas no futuro.

De acordo com Ana Paula, o cálcio presente nos lácteos e seus derivados é o nutriente mais importante para a saúde óssea, contudo outros nutrientes também são fundamentais e participam do processo, tais como as vitaminas D e K, fósforo e magnésio.

A vitamina D é sintetizada pela luz solar, mas fontes alimentares também podem suprir as necessidades orgânicas. A falta de vitamina D na dieta pode causar raquitismo, uma doença óssea que se caracteriza pelo “amolecimento dos ossos”.

A prática de esportes e exercícios físicos ​​para pessoas de todas as idades é fundamental para a prevenção da osteoporose. O exercício de sustentação de peso durante a adolescência é essencial para atingir a força óssea, tais como caminhar e correr, assim como esportes coletivos como futebol e basquete, todos com orientação de um especialista.

“O leite é um alimento único, com uma matriz nutricional complexa, sendo a relação entre seus nutrientes e componentes capaz de entregar inúmeros benefícios ao organismo, desde contribuir com uma dieta equilibrada e saudável, até auxiliar na prevenção de doenças como osteoporose, eventos cardiovasculares, obesidade, entre outras”.