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Obra vira elefante branco e colégio pode não existir

O local já está abandonado há quase um ano e não tem previsão de conclusão.

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Obra vira elefante branco e colégio pode não existir

A novela da obra do CNTA (Centro Nacional de Treinamento em Atletismo) já fez alguns aniversários. Licitada em 2014 e com previsão de entrega em 2016, o local já está abandonado há quase um ano e não tem previsão de conclusão.

A construtora responsável pela obra, N Dalmina, recebeu semana passada uma solicitação de trâmites para a retomada da obra. “Estamos realizando os trâmites para a contratação dos seguros necessários para a retomada da obra para então repassar ao Estado e aí a retomada será definida”, revela o engenheiro da empresa Paulo de Tarso Rodrigues.

O valor necessário para a conclusão da construção, com base no projeto original, seria de cerca de R$ 2,5 milhões. Conforme a construtora, 95% da obra está concluída, sendo necessários ainda a instalação de toda a parte elétrica, a iluminação externa, o plantio de grama e os acabamentos nos geral. Além disso, das medições já realizadas, segue em trâmite o pagamento de R$ 400 mil para a construtora.

Mas por conta do abandono – já que não há qualquer segurança no local -, o Centro deve passar por alguns reparos referente a desgastes em diversos pontos. Uma pessoa mora em uma sala improvisada sob as arquibancadas. Não há informação de que ele seria segurança do local, já que o portão está aberto e não há controle de quem entra ou sai.

Também não há definição ainda de quem vai administrar e utilizar o local após a entrega.

A reportagem entrou em contato com a Seil (Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística), mas não houve retorno.

 

Colégio Militar

O centro que caminhava no pacote de obras para a Olimpíada do Rio, em 2016, parece sem futuro. O espaço chegou a ser confirmado como sede do Colégio Militar que seria implantado em Cascavel. No ano passado, a implantação foi descartada porque o local não apresentava estrutura para salas de aula.

A possibilidade de uma nova obra no local para dotá-lo chegou a ser proposta, inclusive pelo atual governador Ratinho Júnior quando era deputado. Seriam necessários R$ 8 milhões para isso.

Mas mesmo com o decreto da implantação assinado há mais de um ano, não há garantias de que o Colégio seja realmente implantado em Cascavel.

Após diversas tentativas de informações com o comando da Polícia Militar do Paraná, ontem (2), após circulação de um vídeo no qual o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) falam sobre a possibilidade da implantação do Colégio Militar em Cascavel e outras cidades do Estado, a reportagem refez contato com a Seed (Secretaria de Estado da Educação), que informou que, no momento, há apenas a garantia de que dois Colégios Militares serão implantados em Curitiba e que a escolha foi feita com base nos critérios estipulados pelo MEC (Ministério da Educação), um desses critérios é de que as instituições devam estar localizadas nas capitais dos estados ou em regiões metropolitanas. Os colégios escolhidos ainda não serão divulgados porque, conforme a legislação do programa, o cumprimento da presente etapa não significa seleção imediata do Estado.