Saúde

Nova Zelândia diz que erradicou coronavírus e suspende restrições

Os cinco milhões de pessoas da Nova Zelândia estão emergindo da pandemia

WELLINGTON, NEW ZEALAND - APRIL 22: Prime Minister Jacinda Ardern speaks during her COVID-19 update media conference at Parliament on April 22, 2020 in Wellington, New Zealand. Prime Minister Jacinda Ardern announced on Monday that New Zealand will move to Alert Level 3 of lockdown from 11.59pm on April 27. New Zealand has been in lockdown since Thursday 26 March following tough restrictions imposed by the government to stop the spread of COVID-19 across the country. Under the current COVID-19 Alert Level 4 measures, all non-essential businesses are closed, including bars, restaurants, cinemas and playgrounds. All indoor and outdoor events are banned, while schools have switched to online learning. Essential services remain open, including supermarkets and pharmacies. (Photo by Mark Mitchell - Pool/Getty Images)
WELLINGTON, NEW ZEALAND - APRIL 22: Prime Minister Jacinda Ardern speaks during her COVID-19 update media conference at Parliament on April 22, 2020 in Wellington, New Zealand. Prime Minister Jacinda Ardern announced on Monday that New Zealand will move to Alert Level 3 of lockdown from 11.59pm on April 27. New Zealand has been in lockdown since Thursday 26 March following tough restrictions imposed by the government to stop the spread of COVID-19 across the country. Under the current COVID-19 Alert Level 4 measures, all non-essential businesses are closed, including bars, restaurants, cinemas and playgrounds. All indoor and outdoor events are banned, while schools have switched to online learning. Essential services remain open, including supermarkets and pharmacies. (Photo by Mark Mitchell - Pool/Getty Images)

A Nova Zelândia suspendeu todas as restrições sociais e econômicas, exceto os controles de fronteira, depois de declarar nesta segunda-feira (8) que estava livre do coronavírus, um dos primeiros países do mundo a voltar à normalidade pré-pandêmica.

Eventos públicos e privados, indústrias de varejo e hospitalidade e todo o transporte público foram autorizados a retomar seu funcionamento sem as regras de distanciamento ainda existentes em grande parte do mundo.

“Embora o trabalho não esteja concluído, não há como negar que este é um marco. Obrigada, Nova Zelândia”, disse a primeira-ministra do país, Jacinda Ardern, em entrevista, acrescentando que dançou de alegria com a notícia.

“Estamos confiantes de que eliminamos a transmissão do vírus na Nova Zelândia, por enquanto, mas a eliminação não é acaso, é um esforço sustentado”, garantiu.

Os cinco milhões de pessoas da Nova Zelândia estão emergindo da pandemia, enquanto grandes economias como Brasil, Reino Unido, Índia e Estados Unidos continuam a lidar com a disseminação do vírus.

Os 75 dias de restrições na Nova Zelândia incluíram cerca de sete semanas de uma quarentena rígida, na qual a maioria das empresas foi fechada e todos, exceto trabalhadores essenciais, tiveram que ficar em casa.

“Hoje, 75 dias depois, estamos prontos”, afirmou Ardern, anunciando que as restrições de distanciamento social terminariam à meia-noite.

Ardern disse que fez uma “pequena dança” quando lhe disseram que não havia mais casos ativos de Covid-19 na Nova Zelândia, surpreendendo sua filha de 2 anos, Neve.

“Ela foi pega um pouco de surpresa e se juntou a mim, sem ter absolutamente nenhuma ideia de por que eu estava dançando pela sala”, observou.

Apenas 22 mortes desde fevereiro

A Nova Zelândia registrou 1.154 infecções e 22 mortes por Covid-19 desde que o vírus chegou no final de fevereiro.

Ardern prometeu eliminar, não apenas conter, o vírus, o que significava interromper a transmissão por duas semanas após o último caso conhecido receber alta. Por enquanto, todos que entrarem no país continuarão sendo testados e colocados em quarentena.

Mesmo assim, o governo precisará mostrar que pode reviver a economia, que deverá afundar em recessão.

Os partidos de oposição criticaram a decisão de Ardern de manter as restrições por tanto tempo.

“Precisamos avançar com cautela aqui. Ninguém quer prejudicar os ganhos que a Nova Zelândia obteve”, disse a premiê.

Fonte:Agência Brasil