Agronegócio

Ministério quer aumentar proteção de quem usa agrotóxicos

O Brasil bateu recorde de aprovação de biodefensivos nos últimos meses

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse nesta semana que o governo está preparando uma medida legislativa para, em parceria com as entidades do setor, redobrar os cuidados com os agricultores que aplicam os defensivos no Brasil. “Eles precisam de informação e de equipamentos adequados de proteção; é inaceitável que haja contaminação, não podemos mais permitir isso. É aqui que verdadeiramente ocorre o problema e não na mesa do consumidor”, disse a ministra, na sede do Ministério da Agricultura durante evento de abertura da Semana Nacional dos Orgânicos.

Tereza lembrou que, assim como ocorre com os agroquímicos, os biodefensivos também precisam ser aplicados com uma série de cuidados para não haver riscos de contaminação.

O Brasil bateu recorde de aprovação de biodefensivos nos últimos meses e, segundo a ministra, a demanda por eles só cresce.

Em seu discurso, a ministra criticou o que chamou de fake news sobre a qualidade dos alimentos produzidos no Brasil. Segundo ela, o Ministério da Agricultura garante a qualidade e a segurança não só dos orgânicos, mas dos alimentos convencionais também. “Considero um desserviço ao País, uma ação lesa-pátria a campanha massiva de desinformação que alguns brasileiros de renome, inclusive com função pública, têm feito na internet contra a qualidade dos nossos alimentos. Eu quero dizer a eles que nossos concorrentes agradecem”, ressaltou a ministra, lembrando que essa atitude desprestigia o Brasil na disputa comercial.

Tereza Cristina disse que todos os produtos brasileiros são testados e aprovados e ficam muito abaixo do que é permitido para eventuais resíduos de insumos. “Nem nós nem o Ibama nem a Anvisa envenenamos o prato de ninguém. Aliás, eu quero informar que não assino nenhuma dessas aprovações; elas passam por um longo processo e são verificadas por várias equipes técnicas”, disse.

A ministra lembrou que os defensivos que vêm sendo liberados no Brasil são genéricos que já estão no mercado e produtos que aguardavam registro há anos. “Nenhum deles se refere a esses cinco meses de governo, como prega as fake news”.