Cotidiano

Michael Moore pede que delegados republicanos não votem em Trump

michael-moore.jpg RIO ? O polêmico cineasta Michael Morre pediu nas redes sociais que os delegados republicanos não votem para ratificar a eleição do republicano Donald Trump nesta segunda-feira. Hoje, o Colégio Eleitoral se reúne para confirmar a vitória do magnata, em um procedimento que há decadas funciona apenas como uma formalidade. Neste ano, no entanto, manifestantes pedem que os delegados mudem seu voto e não escolham Trump, mesmo que ele tenha sido o mais votado no seu estado. A concretização deste pedido, no entanto, é altamente improvável.

Em um texto no seu Facebook, o documentarista americano pediu que os republicanos votassem com a sua consciência. Desde a eleição de Trump, protestos questionam a chegada do magnata à Casa Branca, uma vez que a sua ex-rival democrata, Hillary Clinton, teve cerca de 3 milhões de votos a mais nas urnas.

Além de recorrer a este argumento, Moore disse que a ratificação do resultado deveria esperar até o fim da investigação do governo americano sobre a influência russa nas eleições. Em relatório recente, a CIA disse que há evidências de que os russos conduziram ciberataques a favor de manipular a votação ? e supostamente favorecer Trump.

“Eu não vou pedir que vocês votem na pessoa que teve mais votos (apesar de que eu não ficaria trista se vocês escolhessem ficar do lado da maioria dos seus companheiros americanos!). Não, eu simplesmente peço que votem com a sua consciência e POR FAVOR não coloquem a nossa nação em perigo ao escolher Donald Trump”, escreveu. “Não deveríamos esperar o fim da investigação pedida pelo presidente para que o Colégio Eleitoral vote? Se Trump soubesse ou estivesse envolvido em um ataque sem precedentes ao nosso processo eleitoral, não seria o suficiente para que vocês exercessem seu poder constitucional de impedir um homem de assumir o governo?”

No início do mês, o cineasta previu que Trump não chegaria à Casa Branca, justamente com a aposta de que o Colégio Eleitoral não confirmaria a sua vitória. Antes da votação de 8 de novembro, ele previu que o magnata venceria com a ajuda de estados-chave, como Michigan, Pensilvânia, Ohio e Winsconsin.