Cotidiano

Mais segurança em um botão

Iniciante na carreira pública, o diretor-presidente da Fundetec (Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Alcione Tadeu Gomes, faz um balanço do primeiro ano de gestão e divulga, com exclusividade, um dispositivo de inteligência prestes a entrar em funcionamento que vai trazer mais segurança à população de Cascavel.

Primeiro ano

“Houve uma mudança bem significativa na Fundetec. A estrutura estava com bastante coisa parada, bons projetos parados, e neste primeiro ano conseguimos avançar bem, colocar a casa em ordem. O grande feito nosso foi organizar alguns processos e funções. Nas licitações, por exemplo, conseguimos reduzir valores, gerando uma economia bem importante. Ainda não há um levantamento geral deste montante, porém, vale lembrar que somente no processo licitatório de roçadas e jardinagem, o custo inicial que era de R$ 230 mil, baixou para R$ 75 mil”.

Economia nas refeições

“Outra economia foi a redução de 30% no valor pago às refeições distribuídas aos funcionários e às empresas incubadas. Antes, cada refeição custava R$ 14,90. Hoje, conseguimos chegar a R$ 10,20. Com o que se economiza é possível investir em infraestrutura. Já reformamos algumas áreas e sempre é feita a manutenção geral. Equipamentos que estavam sucateados, principalmente o laboratório, recebem agora investimentos. Vamos ainda comprar novos equipamentos, insumos, repor o que é necessário, para que em 2018 tudo funcione de forma efetiva”.

Novidade na segurança

“Está em fase final de testes o DISS (Dispositivo Inteligente de Segurança e Serviços), uma novidade da Fundetec que faz parte do projeto Rua Segura, promovido pelo Executivo, inicialmente no Bairro Interlagos, que será instalado próximo à escola Francisco Vaz, entre a Rua Watkins Kleis e a Avenida Interlagos. O dispositivo vai funcionar como se fosse uma estação de serviço, um toten de segurança multifuncional que possui um botão de emergência e pode ser acionado no caso de um assalto, por exemplo. A ferramenta funciona da seguinte forma: numa situação de perigo, a pessoa aperta o botão que, por meio do dispositivo, vai acionar a Guarda Municipal ou a UPS da região Norte da cidade. Os policiais e agentes de segurança recebem o alerta e se dirigem ao local”.

Identificação facilitada

“Com o DISS será possível ainda identificar placas e até mesmo a pessoa que praticou o crime, já que possui câmera de 360° em alta definição, com um software russo, licenciado. O dispositivo tem ainda um intercomunicador para falar com a Guarda Municipal, alerta de sirene e sistema de giroflex. Tudo isso deve entrar em funcionamento até a metade deste mês”.

100% lotada

“Na incubadora de inovação, na sede da Fundetec, funcionam hoje cinco empresas que tem como base a tecnologia, voltadas à nutrição animal e humana, medicamentos de base natural e sem açúcar, entre outros. Após uma seleção dentro das universidades, 18 projetos foram apresentados a nós e cinco deles apresentaram potencial para incubar na Fundação. Um deles incubou no mês passado, e trata sobre inovação na engenharia. Este mês outra deve entrar para produzir vasos com sistema de irrigação próprio. São avanços que aos poucos ocorrem. Nossa proposta é que até o fim de 2018 toda a nossa capacidade, que é para 15 empresas, esteja lotada”.

Rastreadores

“Uma das inovações deste ano foi a criação de um rastreador de veículos. Antes, a Fundetec pagava por este serviço, que hoje é desenvolvida por ela mesma. Esse rastreador foi até solicitado pelo Exército, em Cascavel, que já usa o software desenvolvido pela Fundação. Há ainda a possibilidade de o Município utilizá-lo, mas ainda não se sabe quem vai operacionalizar e dar assistência à frota de 800 veículos”.

Robótica educacional

“O serviço de robótica educacional já foi vendido para Toledo, mas outras cidades e até mesmo outros países já tem interesse nisto. É o caso de Umuarama e municípios do interior de São Paulo, além do Paraguai e da Argentina”. A robótica educacional promove o estudo de conceitos multidisciplinares e incentiva a interação entre os alunos, com a utilização de algoritmos de programação, por exemplo, que estimulam a criatividade e a inteligência dos estudantes.

Restaurante Popular

“Temos ainda o projeto do refeitório da Fundação, que faz um controle mais efetivo de quem se alimenta por meio de uma carteirinha magnética. Cedemos esse software ao Provopar e vamos aperfeiçoá-lo para o Restaurante Popular. A Fundetec que estava sem função, agora começou a ter”.