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Mães... Muito mais fortes do que se imagina!

Neste ano de 2022, quando “quase” podemos dizer que este é o primeiro Dia das Mães no “pós-pandemia”, a jornalista Katúscia da Silva vai contar “um pouco” da experiência mais desafiadora de sua vida: ser mãe!

Mães... Muito mais fortes do que se imagina!

 

 

Cascavel – Um dos domingos mais importantes do ano é o segundo de maio, especialmente dedicado para elas: “as mães”. O significado de mãe é uma mistura de amor, saudade, respeito e reconhecimento. Comemorar o dia delas é uma mistura de emoções e sentimentos. E a data surgiu mesmo como forma de homenagem. Após o falecimento de sua mãe, Ann Maria Reeves Jarvis, em 1905, a norte-americana Anna Jarvis passou a desenvolver diversos projetos com o propósito de valorizar a figura materna. Um deles, conhecido como “Dia das Mães”, popularizou-se pelo mundo ao ser oficializado nos Estados Unidos pelo presidente Woodrow Wilson, em 1914.

No Brasil, oficialmente, o Dia das Mães foi implementado pelo governo de Getúlio Vargas, em 1932, definindo que “o segundo domingo de maio é consagrado às mães, em comemoração aos sentimentos e virtudes que o amor materno concorre para despertar e desenvolver no coração humano, contribuindo para seu aperfeiçoamento no sentido da bondade e da solidariedade humana”.

Apesar de cada mãe ter os seus próprios obstáculos, medos, sonhos, convicções e histórias para contar, o amor pela família é uma virtude em comum. E muito “fácil” entender a expressão “mãe é mãe”. Em todos os setores da sociedade o “dedo” da mãe está presente pela influência direta que tem na vida dos seus filhos, sejam os biológicos, sejam aqueles que conhecemos como “filhos do amor”.

Neste ano de 2022, quando “quase” podemos dizer que este é o primeiro Dia das Mães no “pós-pandemia”, a jornalista Katúscia da Silva vai contar “um pouco” da experiência mais desafiadora de sua vida: ser mãe!

 

“FILHOS AJUDAM”

Filhos ajudam as mulheres crescerem profissionalmente. Eu mesma sou exemplo deste crescimento profissional e pessoal com a chegada deles. Não fui mãe cedo, engravidei da Lívia Helena quando aos 28 anos, quando já tinha uma carreira consolidada, depois de me formar em Jornalismo no começo de 2005. Mas, desde o fim de 2001, comecei a trabalhar na área como repórter de jornal impresso, em Toledo; trabalhava e estudava.

Em 2002, fui convidada a fazer parte da Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Prefeitura, onde fiquei até 2006. Em seguida, dois anos como repórter no Jornal Hoje e, em 2008, assumi o cargo de produtora da RPC. Com este cargo, e trabalhando cinco horas, (carga horária de jornalista), estava com a vida “engatilhada” e preparada para ser mãe: foi quando eu decidi engravidar.

A gravidez não foi fácil. Nove meses difíceis entre pensar em “pautas” em meios aos enjoos, e situações próprias da gestação, sem perder o foco no trabalho. Quando a Lívia nasceu, ela chegou com um amor maior que eu podia imaginar sentir. Quando ela completou dois anos, mudamos para a casa que construímos, fruto de muito trabalho, e a vontade de ter mais um filho, ficou maior. Então no começo de 2014, planejamos a chegada do Marcelo, que nasceu no dia 22 de dezembro, véspera de Natal.

Os anos foram passando e o trabalho foi aumentando, mas eles sempre me deixaram ainda mais forte e me conduziram por um caminho que me tornaram uma pessoa melhor, já que eu sempre tive como objetivo de vida ser uma boa mãe para dar exemplo. Quando a mulher se realiza como mãe, como eu me realizo, ela gera segurança para os filhos e para família. No ambiente de trabalho, além da segurança e compromisso profissional, também ajuda a mulher a ter um relacionamento com colegas e pessoas próximas com mais amor, carinho e compreensão.

Lembro que durante o auge da pandemia e reclusos dentro de casa, eles me questionavam como que eu dava conta de tudo, já que trabalhei 8 meses em home office, atendendo filhos, fazendo comida e ajudando nas aulas online. Sem dúvida, foi a fase mais difícil de ser mãe e profissional, tudo em um mesmo ambiente. Mas, aí surge aquela força que é única da mulher, única de mãe e consegui superar.

No fim de 2020, com 12 anos de casa, acabei me desligando da empresa. Porém, outra porta se abriu em seguida, para a mesma função, desta vez na afiliada da Tv Cultura, a Catve. Com os filhos maiores, Lívia com 11 e Marcelo com 7 anos, veio o sentimento do “quero mais”! Aproveitar a boa fase na carreira, já com 20 anos e com amadurecimento profissional. E agora, desde o final de 2021, também trabalho como repórter, aqui no Jornal O Paraná, hoje, única “mãe jornalista” da redação.

Muitos me perguntam: “Katú, dois empregos, dois filhos?” Dou conta! Cada pessoa é singular, cada filho tem um jeito! Com o tempo aprendi a dividir e selecionar o que é mais importante para a minha vida. Os meus filhos são importantes, a minha carreira também é, a minha família, e acima de tudo, Deus. De “boca cheia” e “coração estufado”, afirmo: sou muito feliz com eles que me impulsionam todos os dias. Abro os olhos logo cedo e agradeço tudo o que tenho.

Nunca tive medo de assumir compromissos de ser mãe e jornalista. Trago esse sentimento de coragem também para o meu trabalho, porque jornalista não é apenas descrever fatos, mas apurar as notícias de uma forma verdadeira. Escrever e entender que prestamos sim um serviço de extrema importância para a sociedade. E, com certeza, ser mãe faz toda a diferença.

 

 

“Katú”, jornalista e mãe da Lívia e do Marcelo

Arquivo Pessoal