Saúde

Isolamento e quarentena: Grupo de promotores é criado para analisar desrespeito às regras

A enxurrada de denúncias de pessoas que não estão cumprindo as regras de isolamento e quarentena levou o Ministério Público a criar grupos de promotores para analisar caso a caso.

Isolamento e quarentena: Grupo de promotores é criado para analisar desrespeito às regras

Reportagem: Cláudia Neis

Cascavel – Em meio à ordem de isolamento e quarentena, muitas denúncias têm sido feitas de pessoas que não estão cumprindo as regras. São tantas, que o MP-PR (Ministério Público do Paraná) montou grupos de promotores para acompanhar os casos. Ontem (23) já saiu a primeira ação: o MP de Foz do Iguaçu pediu a prisão domiciliar de uma paciente que testou positivo e teria ido a festas e cumprido agenda de trabalho.

Em Cascavel, o grupo de promotores analisa as denúncias e estuda as sanções. De acordo com o prefeito Leonaldo Paranhos, diversas denúncias de todos os gêneros vêm sendo recebidas pela Ouvidoria do Município (telefone 156). Uma das situações mais graves também tem a ver com a primeira paciente confirmada com covid-19 na cidade. Ela teria desrespeitado o isolamento após ter sido orientada, tendo inclusive levado os dois filhos à escola normalmente.

A própria escola emitiu nota alertando os demais pais. Já a Secretaria de Saúde vai monitorar as crianças que tiveram contato com os filhos da paciente. Caso seja comprovado que houve o desrespeito às regras, a mulher pode ser responsabilizada judicialmente, inclusive com pagamento de multa.

Foz do Iguaçu

Em Foz, a ação foi movida pelo promotor Luís Marcelo Mafra. Segundo ele, a paciente – que é médica-veterinária – trabalhou em Foz e em Santa Terezinha de Itaipu mesmo sabendo sobre a suspeita da doença. Além disso, participou de uma festa com cerca de 200 pessoas, quando deveria estar em quarentena.

Após a divulgação da confirmação do caso, várias pessoas que estiveram no evento ficaram preocupadas que podem ter sido contaminadas. Uma das clínicas veterinárias em que a paciente prestava serviços emitiu uma nota de esclarecimento e suspendeu as atividades por cinco dias.

A mulher de 33 anos tinha viajado para o Reino Unido em fevereiro, começou a sentir os sintomas no início de março fora do País. Ao chegar a Foz, ela procurou atendimento médico, foi classificada como suspeita e orientada para fazer o isolamento.

Cabe à Justiça analisar o pedido do Ministério Público.