Opinião

Indústria sem chaminé

Por Carla Hachmann

Um dos setores que mais crescem no mundo todo, o turismo ganha olhares apaixonados pelos gestores do Brasil. E o “destino do mundo”, a bela Foz do Iguaçu, está inserido com destaque nesse projeto, que, de antemão, conta com aporte de R$ 500 milhões. E com razão, pois a cidade é hoje o segundo destino turístico de estrangeiros no Brasil, disputando com o Rio de Janeiro.

Ao participar de evento sobre o setor na Terra das Cataratas, ontem, o governador Ratinho Junior revelou que o Estado também pretende investir de forma planejada no turismo para transformar o setor em uma das principais matrizes econômicas do Paraná. Nada bobo ele que, por enquanto, vai concentrar investimentos em regiões como o litoral, as Cataratas do Iguaçu, os Caminhos do Lago do Itaipu e a Rota do Pinhão.

Bom para a região oeste, que chegou a sentir o gostinho quando a Costa Oeste foi estruturada, mas deixou escorrer por entre os dedos quando a falta de gestão e conservação começou a afastar os visitantes das prainhas do Lago de Itaipu.

Ratinho percebeu que o Paraná tem dormido de touca nesse assunto, tanto que uma das suas primeiras campanhas publicitárias foi justamente “mostrar” o Estado para “vender” suas belezas. Agora, quer usar o potencial do setor como uma “grande matriz econômica”.

Uma verdadeira indústria sem chaminé, o turismo tem uma gigante cadeia produtiva envolvida, que inclui desde bares e restaurantes, até a necessária melhora da infraestrutura logística. Tem que ser bom para o turista, mas melhora a vida de quem já vive ali.