Política

Governo recua e desiste do fim da licença-prêmio

Pelo PLC, o servidor com cinco anos consecutivos de funcionalismo poderá tirar três meses de licença remunerada desde que comprove cursos de aperfeiçoamento

Curitiba – O governo do Estado recuou e desistiu de propor o fim da licença-prêmio para os atuais servidores públicos paranaenses. O vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Tiago Amaral (PSB), anunciou alterações no projeto de lei complementar que pretende extinguir a licença especial dos servidores públicos do Executivo, o PLC 9/2019.

Em reunião da Comissão de Constituição de Justiça, Amaral anunciou que o novo projeto instituirá, no lugar do benefício a ser extinto, uma “licença-capacitação”. Pelo PLC, o servidor com cinco anos consecutivos de funcionalismo poderá tirar três meses de licença remunerada desde que comprove cursos de aperfeiçoamento.

Além disso, o deputado, que também é o relator do projeto, anunciou que reduzirá o tempo para que servidores militares se beneficiem da licença. Hoje, os policiais precisam de dez anos seguidos de trabalho para gozar de seis meses de licença. Com a alteração, a exigência passa a ser a mesma dos funcionários civis.

Amaral anunciou que a mudança valerá apenas para os funcionários já em serviço. Novos contratados pelo Estado não terão direito à licença especial. Além disso, os servidores com licença a receber, caso a lei seja aprovada, ainda terão direito a serem indenizados.

Na prática, o governo consegue eliminar o passivo gerado ao Estado – quando o servidor não usufrui da licença-prêmio, ele consegue judicialmente converter os benefícios acumulados em pagamento indenizatório. Esse valor, sustenta o governo do Paraná, está na casa dos R$ 3 bilhões.