Cotidiano

Governo: assume ou fecha Banco de Sangue

Toledo – O Ciscopar (Consórcio Intermunicipal de Saúde da Costa Oeste do Paraná) não quer mais bancar os custos para a manutenção da Unidade de Coleta de Sangue localizada em Toledo. O serviço essencial e que abastece os municípios da microrregião terá de ser garantido pelo governo do Estado, que é de fato responsável pela manutenção da Unidade.

O Ciscopar tem planos para os servidores e para o recurso que deixará de gastar na manutenção do órgão. A discussão foi levantada na última reunião do Consórcio em Toledo.

O Estado do Paraná chegou a fazer convênios com o órgão, mas nunca assumiu de fato a estrutura, fato que os prefeitos querem mudar. Isso porque, na prática, são eles quem pagam a conta. A negociação já teria avançado, mas ainda sem data para a mudança integral.

O presidente do Conselho de prefeitos do Ciscopar, Gilberto Fernandes Salvador, afirma que a Unidade precisa ser literalmente assumida pelo Governo do Estado e que o Consórcio já cumpriu sua parte com relação ao órgão. “Estamos construindo essa possibilidade e esperamos que em breve essa seja nossa realidade. Temos que levar em consideração que o próprio Tribunal de Contas e o Ministério Público têm fiscalizado essa situação e não podemos manter nenhuma ação que possa fragilizar os municípios e esse modelo que tem funcionado para as cidades”, destaca.

O prefeito de Palotina, Jucenir Leandro Stentzler (PSC), já presidiu o Consórcio e foi categórico em afirmar que o Estado deveria ter assumido a responsabilidade. “O serviço atende os municípios e se o Ciscopar mantém a estrutura humana e financeira é inevitável que a conta seja rateada proporcionalmente com os municípios. Isso atinge a base econômica e deixa as coias ainda mais difíceis nas cidades”, declarou.

Garantia

A chefe da 20ª Regional de Saúde, Denise Liel, afirma que o Estado acenou que o Estado deve assumir nos próximos meses a Unidade, evitando assim seu fechamento. “Temos no momento uma construção com algumas evoluções que precisa ser feita de forma natural e sem danos aos serviços. Os novos servidores serão chamados e inseridos de forma tranquila para que nenhuma experiência se perca”, declarou.

Toledo buscou no passado viabilizar a construção de um novo Hemonúcleo, que estava previsto no orçamento do Estado para 2017 e devido à crise foi retirado. A expectativa era que a obra fosse confirmada para 2018, mas não existe previsão para o investimento que poderia um aumentar em de 30% na coleta de sangue.