Política

Giro político do dia 29 de maio de 2019

Câmara aprova aumento

Com apenas três votos contrários, a Câmara de Vereadores de Cascavel aprovou reajuste salarial dos servidores do Legislativo em 5,07% – montante equivalente à inflação de maio de 2018 a abril de 2019, conforme o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Será concedido ainda aumento (ganho real) de 1,93%. A Mesa Diretora argumenta que “o valor é o permitido dentro do quadro econômico-financeiro, deixando ainda uma grande margem de segurança em relação ao índice prudencial determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal”. Foram contra Sidnei Mazzuti, Sebastião Madril e Jorge Bocasanta.

Vereadores de fora

O percentual não se aplica aos parlamentares. No entanto, na tribuna teve quem defendeu aumento a eles. Rafael Brugnerotto (PSB) destacou que a atividade é um trabalho como outra qualquer e que ele deixa a profissão de lado – advocacia – para atuar como legislador: “Analisei mais de 11 pareceres na Comissão de Justiça e fiquei até de madrugada analisando os projetos. É digno repassar o aumento a quem trabalha de fato”.

E agora?

Na prefeitura, com os gastos elevados com o funcionalismo, o risco é de nem haver reposição da inflação sobre os salários. Os sindicatos tentam negociar com o Executivo municipal. O prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) declarou há uma semana que reconhecia que a reposição das perdas é um direito dos trabalhadores. A expectativa é de que hoje seja esclarecida a questão durante prestação de contas do quadrimestre. Os vereadores querem saber sobre as medidas aplicadas para reequilibrar as contas com pessoal. Fernando Hallberg (PPL) cobra há um tempo uma revisão das gratificações e cortes de comissionados.

Faíscas legislativas

A sessão de ontem foi marcada por uma série de faíscas entre o vereador Olavo Santos (PHS) e o presidente Alécio Espínola (PSC). Após diversas provocações, Espínola se defendeu de uma cobrança do parlamentar para que “não atropelasse a leitura dos projetos”. O presidente chegou a pedir respeito ao colega. Olavo também tem mirado no líder de Governo, Romulo Quintino: “Não pode a voz do líder de Governo significar amém de todos”, disparou.

Retroativo

Despertou desconfianças de parte do Legislativo o pedido para que a Lei de Uso do Solo fosse alterada com efeito retroativo a 23 fevereiro de 2017 – o texto inclui adequações que garantirão as verbas para a continuidade das obras no aeroporto. Uma emenda para que a validade da lei fosse a partir da aprovação foi rejeitada – teve apoio apenas de Sebastião Madril, Olavo Santos, Rafael Brugnerotto, Serginho Ribeiro e Valdecir Alcântara.