Política

Funções da Cettrans passam por pente-fino

O economista Vander Piaia assumiu o cargo de liquidante da extinta Cettrans

Funções da Cettrans passam por pente-fino

Reportagem: Josimar Bagatoli

Mesmo sem a liberação da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), o economista Vander Piaia assumiu o cargo de liquidante da extinta Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito) de Cascavel e terá de manter uma jornada intensa de trabalho para exercer a função comissionada da Prefeitura de Cascavel e o cargo de professor universitário.

Nesta segunda-feira (14) ele esteve na empresa e participou de sucessivas reuniões. Disse que só conversará oficialmente com o prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) entre quarta e sexta-feira, quando ele voltar de viagem a Curitiba, São Paulo e Brasília. “Fui bem recebido e me senti muito bem. Isso é importante para que o trabalho possa ser desenvolvido da melhor maneira”, adianta Piaia.

Embora já tenha previamente apurado dados da extinta companhia, só agora teve dimensão do desafio: está fazendo um raio-X da estrutura, o que engloba prioritariamente as funções da Cettrans. “Estamos fazendo um levantamento geral, pois preciso de algo bem detalhado sobre os cargos e o espaço que cada um tem; da função de cada um e outras variáveis para construir todo O processo”, explica.

Piaia presidiu a Cettrans em 2005 e tem longa experiência na vida pública: foi vice-prefeito entre 2005 e 2008, período que também foi secretário de Educação. O último cargo público foi de chefe do NRE (Núcleo Regional de Educação) de Cascavel de 2011 a 2014.

Embora cogitada a possibilidade de acumular a presidência da Transitar, Piaia ressaltou a necessidade de escolha de outro agente para o cargo. “Não seria coerente, pois meu foco será na liquidação [da Cettrans]. Precisamos de uma separação de funções e ambos terão que ficar muito focados em seus propósitos”.

A expectativa agora é pela nomeação do primeiro presidente da autarquia e a definição de um cronograma de ações. “Precisaremos trabalhar em perfeita sintonia. A Transitar terá que evoluir na mesma proporção da Cettrans”.

A redução de custos em relação ao sistema de trânsito, conforme Piaia, começa já com os cortes em tributos trabalhistas. No entanto, embora não estejam entre as metas iniciais, as contratações por meio de concurso público para suprir a Transitar também devam cair sobre o orçamento.  “Teremos novas contratações – lá na frente -, concursos para suprir vagas de servidores que estão se aposentando e outros que estão deixando a Cettrans por outros motivos”.

A extinção da Cettrans foi muito criticada, especialmente pelos servidores. Cogitou-se até um custo de R$ 40 milhões em ações trabalhistas, valores ainda desconhecidos pelo liquidante. “Queremos evitar traumas e fazer uma transição respeitosa, mas com eficácia e rapidez, respeitando os limites legais, como os contratos atuais”.