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Esmaga que cresce: como o mercado de suplementos alimentares cresceu após seu ápice em 2012

Esmaga que cresce: como o mercado de suplementos alimentares cresceu após seu ápice em 2012

Esmaga que cresce: como o mercado de suplementos alimentares cresceu após seu ápice em 2012

Pelas redes sociais é possível ver como a preocupação com exercícios físicos vem aumentando. Não faltam hashtags, stories, fotos e até mesmo lives de pessoas praticando atividades que vão de ciclismo como meio de locomoção até musculação e ioga.

Na esteira desse novo comportamento adotado, a preocupação com hábitos alimentares aparece como complemento de um lifestyle saudável e funcional; um terreno muito fértil para empresas de suplementos alimentares.

Esta é a leitura feita por especialistas do assunto quando olham os números dos últimos anos. “estamos avançando desde 2012, quando registramos pico de 21% de crescimento do mercado”, diz Marcelo Bella, presidente da ABENUTRI – Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais. Para ele, a perspectiva para os próximos cinco anos é de crescimento no setor.

O aumento é perceptível: segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), suplementos alimentares estão presentes em 54% dos lares brasileiros, de cápsulas vitamínicas à produtos que prometem ganho de massa muscular, redução de peso ou aumento de força.

As novas regulamentações para o setor

Em Julho de 2018 a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – aprovou um conjunto de regras para o setor, com a finalidade de informar melhor o público acerca dos produtos consumidos.

Para a nutricionista Carla Cristina de Morais, “as regras devem minimizar a exposição a informações que possam levar o consumidor ao erro”. Já a professora Ceres Mattos Della Lucia enxerga outras vantagens. Para ela, a modernização da regulamentação permitirá maiores inovações e desenvolvimento de produtos com mais tecnologia, contribuindo assim com a expansão da indústria nacional no segmento, que hoje já representa 70% de todo o mercado.

Riscos para a saúde

O aumento no consumo de suplementos alimentares, porém, tem um revés: grande parte da população faz uso de produtos deste tipo sem orientação de médicos ou nutricionistas. Em casos mais tranquilos, isto representa apenas desperdício de dinheiro. Em casos mais graves, o uso de suplementos alimentares sintéticos sem orientação médica pode resultar em insuficiência renal.

A chefe de nefrologia do Hospital do Coração em SP, Leda Lotaif, relata que houve aumento nos números de pacientes, sobretudo jovens, com complicações renais. “Temos visto muitos casos de jovens internados em razão do abuso protéico”, diz Lotaif.

Além disso, o uso de suplementos que aumentam rendimento durante os exercícios também vem se tornando um problema uma vez que, segundo o nutricionista Daniel Novais, podem causar taquicardia e alteração na pressão arterial.

Alimentação saudável

Suplementos devem ser lidos como complementares à dieta, e não como substitutos. Segundo a nutricionista Camila Garcia, da equipe do setor de Nutrição Preventiva do Hospital do Coração (SP) “eles funcionam como um complemento da alimentação. Na maioria dos casos, são indicados para pessoas que apresentam uma carência muito grande de determinado nutriente”.

Assim, a atenção à dieta e ao consumo de alimentos variados e em quantidades necessárias são ainda mais importantes que o consumo de suplementos sintéticos.

De acordo com o portal SaudeLOGO, o foco deve ser em ganho de nutrientes, não em fatores estéticos. Além disso, existem muitos alimentos ricos em diversas vitaminas e aminoácidos que substituiriam o uso de suplementos sintéticos, como os óleos naturais, sementes e raízes. Eles são biocompatíveis com o organismo e há menores riscos de “overdose nutricional”.

Fonte: Assessoria