Cotidiano

Escola Segura.  Baixa procura faz número de colégios cair pela metade

Os profissionais devem iniciar os trabalhos nos colégios no dia 10 de maio

Policiais devem iniciar os trabalhos nas escolas já na próxima semana - Foto: ANPR
Policiais devem iniciar os trabalhos nas escolas já na próxima semana - Foto: ANPR

Curitiba – A procura ainda baixa de policiais militares da reserva pelo Programa Escola Segura fez com que o número de colégios do projeto-piloto seja reduzido de 100 para 50.

Com 200 vagas abertas, o programa recebeu cerca de 220 inscrições e, como já previsto pela Amai (Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares Ativos, Inativos e Pensionistas), o número de policiais considerados aptos a exercer a função de garantir a segurança em escolas ficou em apenas 100 policiais. No primeiro edital apenas três se inscreveram e um deles foi considerado apto, por isso um novo edital foi lançado com a inclusão de cargos e aumento da remuneração.

Encerradas as inscrições, o número de escolas atendidas também foi reduzido. Para a cidade de Londrina foram convocados 34 policiais militares, que vão atuar em 17 colégios. Em Foz do Iguaçu, a convocação foi para 16 militares que farão a segurança de oito colégios, e para a Região Metropolitana de Curitiba, são 50 profissionais, para 25 colégios.

De acordo com o governo, uma nova chamada deve ser aberta em breve na tentativa de com concluir a contratação dos 200 policiais previstos e a instalação do programa nas 100 escolas definidas no início do projeto. Mas ninguém sabe quando isso deve acontecer.

A remuneração dos integrantes é R$ 3 mil para soldado, R$ 3,3 mil para cabo, R$ 3.564 para 3º sargento e R$ 3.813 para 2º sargento.

Início dos trabalhos

De acordo com a Polícia Militar, os profissionais devem iniciar os trabalhos nos colégios no dia 10 de maio.

Mas, antes disso, eles passam por um treinamento que têm 20 horas de duração e que começou ontem (2). Os policiais vão participar de treinamentos técnicos de conhecimentos gerais sobre policiamento escolar, abordagem policial e capacitação de tiro. “Eles estão vendo quais serão as atribuições dentro e no entorno das escolas, o histórico do Batalhão da Patrulha Escolar Comunitária, os limites entre indisciplinas e atos infracionais e as atribuições específicas da Patrulha e dos militares do programa”, explicou o capitão David Paris do Amaral.

Além da presença do policial, o programa também prevê o suporte de unidades móveis da Polícia Militar e a integração com o serviço de inteligência da área de segurança.

Colégios de Foz do Iguaçu

Em Foz do Iguaçu, os oito colégios que vão receber o programa são: Colégio Estadual Ipê Roxo; Colégio Estadual Arnaldo Busatto; Colégio Estadual Ayrton Senna da Silva; Colégio Estadual Paulo Freire; Colégio Estadual Carmelitas Dias; Colégio Estadual Flavio Warken; Colégio Estadual Santa Rita e o Colégio Estadual Ulysses Guimarães.

O Programa

O Programa Escola Segura tem como objetivo reforçar a atuação preventiva da Polícia Militar nos colégios para inibir crimes e delitos e ajudar em ações que previnam tráfico e uso de drogas, violência, bullyng e dano ao patrimônio público.

A funcionalidade do programa e a capacidade dos PMs já afastados do trabalho para exercer a função foram questionadas tanto pela Amai quanto por diretores e funcionários de colégios, especialmente porque o ambiente pode gerar maior estresse ao profissional e a aceitação por meio da comunidade escolar pode não ser a esperada.