Agronegócio

É o agro em excelentes níveis de exportação

A receita das exportações do agronegócio brasileiro atingiu o recorde de US$ 101,6 bilhões no ano passado, montante 5,9% superior ao registrado em 2017. Os dados são do Agrostat, serviço de estatística de comércio exterior do Ministério da Agricultura e que acabam de ser divulgados.

O superávit da balança comercial do agronegócio cresceu 7,1% para US$ 87,6 bilhões, ampliando a participação do setor no saldo positivo das exportações brasileiras. As importações do agronegócio recuaram 0,8% no ano passado, para US$ 14 bilhões.

O principal destaque em 2018 foi o complexo soja, que ampliou sua participação nas exportações do agronegócio de 33% em 2017 para 40% em 2018. No ano passado a receita das vendas externas do setor cresceu 29% e somou US$ 40,9 bilhões.

As exportações de soja em grãos, que ganharam espaço com a disputa comercial entre China e Estados Unidos, aumentaram 29,1% para US$ 33,1 bilhões. O volume embarcado cresceu 22,7% e atingiu o recorde de 83,594 milhões de toneladas.

O farelo de soja também teve desempenho positivo. A receita cresceu 34,7% para US$ 6,697 bilhões e o volume exportado aumentou 18,9% para 16,8 milhões de toneladas. Já o óleo de soja registrou queda de 0,6% na receita (para US$ 1,025 bilhão) e aumento de 5,4% nos embarques (para 1,414 milhão de toneladas).

O complexo carnes registrou queda de 5% no faturamento (para US$ 14,7 bilhões) e de 2% no volume embarcado (para 6,580 milhões de toneladas). A receita das exportações de carne bovina cresceu 7,9%, somando US$ 6,545 bilhões, enquanto o volume aumentou 11,1%, totalizando 1,64 milhão de toneladas.

Queda

Já o setor avícola teve desempenho negativo. O volume das vendas externas de carne de frango recuou 5,1% para 4,017 milhões de toneladas e a receita teve uma queda de 10,1%, somando US$ 6,412 bilhões.

Na carne suína o aumento foi de 23,6% na receita (para US$ 1,190 bilhão) e de 26,1% no volume (para 635,4 mil toneladas).

O setor florestal teve aumento de 9% no volume exportado (para 24,6 milhões de toneladas) e alta de 22,8% na receita (para US$ 14,150 bilhões). As vendas externas de celulose cresceram 10,6%, somando 15,316 milhões de toneladas, enquanto a receita aumentou 31,5%, chegando a US$ 8,353 bilhões.