Cotidiano

Do abandono a novas flores

Imagine um viveiro sem o verde das plantas. Quem entra nas estufas do Viveiro Municipal de Cascavel leva um susto. Recipientes para a reprodução das plantinhas estão vazios e em alguns já brotam matinho. As estruturas demonstram o desgaste do tempo e denunciam a necessidade de melhorias.

Localizado no Parque Ambiental ao lado da Fundetec, às margens da BR-277, o Viveiro Municipal exige bastante trabalho. Só que, de cinco funcionários que atuavam no local, hoje restou um.

Apesar do cenário, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente nega que a produção tenha sido abandonada: “Ela ocorre, mas de forma a atender as demandas solicitadas à Secretaria de Meio Ambiente e o Município tem parceria com o IAP [Instituto Ambiental do Paraná] para a distribuição de mudas em ações específicas”, explica.

Com projetos que devem ser colocados em prática, há garantia de mais funcionários no espaço: “Com as adequações que serão feitas, de acordo com o Plano de Arborização Municipal, a equipe será adequada para atender a demanda”.

Investimentos

Pelo Plano de Arborização Municipal, existe a previsão de um novo viveiro para a produção de mudas, que, de acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, ficará perto do aterro de inertes. “Está em fase de elaboração de projetos para a construção de um barracão e de licitação para a construção de um poço”.

Viveiro das Flores

Em parceria com a Fundetec, o atual viveiro deve ser transformado em viveiro de flores: “A secretaria irá trabalhar com a instalação e o manuseio e a Fundetec ficará responsável pela produção. Para o aniversário de Cascavel [14 de novembro] a parceria com o IAP está mantida e as mudas serão entregues à população”.

Isso porque na semana passada o prefeito Leonaldo Paranhos prometeu plantar 31 mil mudas de árvores, uma para cada aluno da rede municipal de ensino. No último levantamento, feito ano passado, foram estimadas 37 mil mudas no viveiro, entre nativas, floríferas e frutíferas.

A maior parte das plantas já atingiu estatura média e não precisa ficar na estufa. Entre elas há araucárias, farinha seca, ipês, cerejeiras, pitangueira e guabijú.

O diretor do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), Luiz Carlos Marcon, ressalta que o órgão está à disposição da população e sempre disposto a atender o Município: “A secretaria, inclusive, nos passa sementes que são recolhidas e produzimos as mudas. Embora tenha um grande custo para todo o trabalho realizado no viveiro do IAP, atendemos as demandas, sobretudo em eventos como o Dia da Árvore”.