Saúde

Covid: 'Vamos agir na mesma lógica que agimos com adolescentes', diz secretário de Saúde sobre vacinação de crianças no Paraná

Beto Preto afirmou que 'ninguém vai se vacinar sem que o pai ou mãe possa autorizar'. Expectativa é que doses para imunização de crianças de 5 a 11 anos cheguem entre final de janeiro e começo de fevereiro

Segundo o levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 1.444.270 vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas aos finais de semana no Paraná. As ações fazem parte da campanha de vacinação “De domingo a domingo”, criada pelo Governo do Estado em 26 de março.  -  Curitiba, 11/08/2021  -  Foto: Américo Antonio/SESA
Segundo o levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 1.444.270 vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas aos finais de semana no Paraná. As ações fazem parte da campanha de vacinação “De domingo a domingo”, criada pelo Governo do Estado em 26 de março. - Curitiba, 11/08/2021 - Foto: Américo Antonio/SESA

O secretário estadual da Saúde do Paraná, Beto Preto, afirmou, nesta segunda-feira, em Londrina, que a vacinação contra a Covid-19 de crianças vai ser feita da mesma forma como ocorreu com adolescentes no estado: sem exigência de prescrição médica, mas com a necessidade de autorização dos responsáveis para a aplicação do imunizante.

“As sociedades brasileiras de médicos especialistas de pediatria, de imunizações, de infectologia, todos eles orientam que a vacinação seja feita, então nos vamos agir na mesma logica que agimos com adolescentes, sem a necessidade da prescrição”, afirmou.

Na quinta-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a pasta recomendará que as crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas desde que haja prescrição médica e assinatura de termo de consentimento pelos pais.

No dia seguinte, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) se posicionou contra a necessidade da receita médica para a vacinação.

Expectativa é que doses para crianças cheguem ao Brasil até o começo de fevereiro. — Foto: Getty Images via BBC

Expectativa é que doses para crianças cheguem ao Brasil até o começo de fevereiro. — Foto: Getty Images via BBC

Beto Preto disse que a vacinação das crianças de 5 a 11 anos será livre, levando em conta a vontade das pessoas de receber a aplicação do imunizante ou não.

“Isso é importante dizer: ninguém será vacinado sem que o pai e a mãe possam autorizar, exatamente como aconteceu com os adolescentes”, disse.

A expectativa, segundo o secretário, é que os imunizantes para aplicação nas crianças cheguem para o Ministério da Saúde entre o fim de janeiro e o começo de fevereiro.

Ômicron

Beto Preto também alertou para a necessidade do uso de máscaras e da imunização para o abrandamento da pandemia.

“Nós estamos tendo um Natal completamente diferente neste ano porque fizemos a vacinação acontecer”, afirmou.

De acordo com o secretário, 1 milhão de pessoas no estado estão com a segunda dose da vacina atrasada.

Ele informou que a maior alerta no momento é a variante ômicron, e que a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) monitora sete casos: dois em Curitiba, dois em Ponta Grossa, um em Arapongas, um caso de um americano que passou pelo estado e outro caso de um catarinense que testou em Curitiba.

Segundo Beto Preto, o estado tinha planejado a flexibilização do uso de máscaras em locais abertos sem aglomeração para dezembro, mas teve que rever os planos por causa da nova variante.

“Continuamos em alerta, possivelmente temos já a variante ômicron no Paraná, mas isso não pode ser motivo de alarde. É mais uma variante que vamos ter que enfrentar”, disse.

(G1 Paraná)