Agronegócio

Copacol: Adesão ao Selo Social rende ganho extra a sojicultores

A ação oportuniza aos agricultores familiares a participação no mercado de biocombustíveis do País

Após colheita, soja entregue à cooperativa será beneficiada para produção de biocombustível
Após colheita, soja entregue à cooperativa será beneficiada para produção de biocombustível

Os cooperados da Copacol passam a contar com o Selo Social, um programa do governo federal para incentivo aos produtores da agricultura familiar, que garante o pagamento de um bônus por saca de soja entregue à cooperativa.

A ação oportuniza aos agricultores familiares a participação no mercado de biocombustíveis do País. O Selo Social é concedido às usinas de biodiesel, que receberão o óleo extraído da soja entregue pelos cooperados. Poderão participar do programa exclusivamente produtores cooperados e aptos ao Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), com DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) registrada na base de dados do Ministério da Agricultura.

De 8 de junho até 15 de julho, os cooperados interessados deverão fazer o cadastro na Unidade da Copacol, com a DAP para assinar o contrato de compromisso de entrega da soja. A quantidade será definida conforme o tamanho da área cadastrada na DAP e a média de produtividade do Deral (Departamento de Economia Rural), vinculado a Seab (Secretaria de Estado da Agricultura). “O produtor deve se antecipar e fazer a inscrição dentro do prazo. A cooperativa terá que apresentar quatro laudos técnicos de cada área, um deles bem antes do plantio. Precisamos de tempo para que os técnicos programem as atividades. É muito importante proporcionar ao nosso associado, que se enquadra na DAP, o recebimento desse bônus a cada saca de soja”, explica Valter Pitol, presidente da Copacol.

Diante do quadro preocupante da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a Copacol agendará os atendimentos por telefone. A medida visa evitar aglomerações, visto que todas as precauções são rigidamente mantidas para evitar contaminações. Os cooperados deverão ir até as unidades no horário marcado, somente após o agendamento, usando máscaras e mantendo distanciamento social. “É necessário o produtor ter em mãos a DAP. Os escritórios do Emater e alguns sindicatos fornecem esse documento, que deve ser entregue à cooperativa para habilitação. Assim, no fim do ano, após a comercialização, o cooperado poderá receber o bônus”, diz Pitol.

COMO FUNCIONA

A Copacol teve habilitação emitida pelo Ministério da Agricultura para inclusão dos cooperados no Programa Selo Social. Com isso, a cooperativa inicia a inscrição dos produtores aptos, que atendam aos critérios do Pronaf, garantindo que a matéria-prima usada pelas usinas tenha origem da agricultura familiar. Um dos requisitos do Programa Selo Social é o acompanhamento da lavoura e a emissão de laudos técnicos, do planejamento até a colheita. A medida do governo federal busca a inclusão do biocombustível na matriz energética. “É um programa que o Ministério da Agricultura já vem praticando no País há muito tempo, mas até então a cooperativa não tinha a oportunidade de ser incluída porque deveria ter mais de 60% dos associados aptos no Pronaf – não tínhamos. Mas com mudanças nas exigências do Ministério, agora a identificação é individual – por associado. Isso permitiu a Copacol ingressar nesse importante programa, sempre buscando o melhor resultado ao nosso associado. O Selo Social permite que o produtor habilitado com a DAP tenha uma remuneração um pouco melhor por saca de soja – normalmente um real ou um pouco mais. É um valor significativo”, explica o presidente da Copacol.