Cotidiano

Com atendimento expandido, abrigados também recebem almoço

Desde 1º de julho a entidade passou a servir mais uma refeição diária

Cascavel – Altienes da Silva dos Santos tem 28 anos e está há um mês pernoitando no Albergue Noturno André Luiz, localizado no Bairro Parque São Paulo, em Cascavel. Segundo ele, os pais faleceram e os irmãos moram em outras cidades e não fosse a entidade, não teria a quem recorrer.

“Graças à ajuda do Albergue tenho onde dormir e conto com alimentação. Consegui emprego em um frigorífico e estou há três dias lá. Assim que sair o primeiro salário consigo um local para ficar. Se não tivesse o albergue provavelmente estaria na rua”, revela.

A história de Altienes se assemelha à de outros abrigados. Desde 1º de julho a entidade também passou a oferecer, além de pouso, banho, atendimento psicológico, jantar e almoço. Segundo a coordenação, são aproximadamente 20 refeições servidas todos os dias a partir das 11h30 e mais 35 das 18h30 às 19h30, durante a janta.

Antes mesmo de abrir as portas o pintor Edson Alpes já estava do lado de fora do prédio esperando.

“Não tenho a quem recorrer e graças a Deus o albergue não fechou. Com esse frio não sei o que seria da gente. Consegui um trabalho como pintor, mas enquanto não recebo salário, preciso da ajuda. Sem dinheiro onde iria conseguir duas refeições diárias e de qualidade?”, indaga.

O Município renovou o convênio com a entidade por mais 19 meses. Em junho passado a direção do albergue chegou a afirmar que não teria mais condições financeiras para manter as atividades.

“Após o novo convênio firmado com o Município, ampliamos as refeições diárias. Tivemos que ampliar o quadro de funcionários, aumentou os recursos, mas também aumentaram os serviços e os atendimentos” comenta a coordenadora do Albergue Noturno Valdemira Bibiano da Silva.

Estrutura

O quadro atual de profissionais é de quatro zeladoras, cinco educadores sociais, uma psicóloga, uma assistente social e uma coordenadora. Com o novo convênio, o albergue passou a receber R$ 29 mil mensais. Antes eram R$ 15 mil. Além da ajuda do Poder Público, o albergue conta com a colaboração de doações de empresários e da comunidade. O abrigo oferece 70 leitos masculinos e femininos. Por dia o atendimento varia de 20 a 35 pessoas que buscam pouso e alimentação.

(Com informações de Eliane Alexandrino)